Ilhabela Meio Ambiente

Futuro incerto de navio oceanográfico custa R$ 50 mil mês aos cofres públicos

Tamoios News

Doado há mais de um ano navio Prof. W. Besnard ainda tem futuro indefinido

 

Por Danilo Peixoto

Doado há mais de um ano para a Prefeitura de Ilhabela, o navio Professor Wladimir Besnard encontra-se atracado no Porto de Santos e custa aos cofres públicos, em média, R$ 50 mil mensais. Uma audiência pública será realizada para discutir o destino da embarcação.

A Prefeitura de Ilhabela diz que se optado pelo afundamento, a municipalidade pretende licenciar uma área, para que possa ser criado um Parque de Naufrágios. Porém, o local depende de um estudo de viabilidade técnica e de aceitação da comunidade. Um dos locais cotados para ser realizado o naufrágio é a região da Serraria.

O valor previsto está em torno de R$ 350 mil reais para o licenciamento e R$ 1,3 milhão para o processo de limpeza, descontaminação, translado e afundamento controlado do navio.

Segundo a Administração Municipal, caso o navio W. Besnard não seja afundado, será feito um estudo para providenciar uma outra embarcação para o mesmo fim, por isso pretende criar um Parque de Naufrágios.

A ONG Imar (Instituto do mar) acredita que a melhor opção é transformar o navio em um museu. A proposta prevê a restauração e manutenção da embarcação, que será um ponto educacional no arquipélago. Segundo o presidente do Imar, Fernando Liberalli, caso a decisão seja a criação do museu, a instituição receptora firmará um compromisso com o município arcando com todos os custos.

“Tenho a estimativa de custo da reforma, e gira em torno de R$3 milhões. Sendo que as peças retiradas serão devolvidas. Já existe esse compromisso do Instituto Oceanográfico comigo, mesmo porque, com o tombamento, serão obrigados a restituir o que foi retirado por força de Lei. O reparo no casco, será realizado com o custeio pela renúncia fiscal. Isto é, o custo será descontado do imposto de renda da empresa prestadora dos serviços. A montagem das peças e reparos, também será realizado pela renúncia fiscal”.

Liberalli torce para que o navio tenha uma “aposentadoria” digna. “É um navio com muitas histórias para estimular a mentalidade náutica e cultural das nossas crianças. No Rio de Janeiro existe o navio museu Bauru, aqui no litoral paulista nada parecido, será o único”. disse Liberalli.

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