Estradas Meio Ambiente

Estado executa reflorestamento como compensação ambiental da Rodovia dos Tamoios

Tamoios News
Fotos: Dersa/Divulgação

Mais de 80 espécies da Mata Atlântica foram plantadas em municípios da Região Metropolitana do Vale e Litoral Norte

A Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A realizou o plantio de 899 mil mudas de espécies nativas para avançar o reflorestamento em áreas essenciais à preservação da água para consumo humano na região de Paraibuna, no Vale do Paraíba. Segundo a estatal, o reflorestamento integra as ações de compensação ambiental das obras de duplicação do trecho Planalto da Rodovia dos Tamoios (SP-099), concluídas em 2014.

A área total plantada pela companhia foi de 351,89 hectares, o equivalente a duas vezes a dimensão do Parque Ibirapuera. O trabalho envolveu o plantio de mais de 80 espécies arbóreas nativas do bioma de Mata Atlântica em áreas localizadas nos municípios de Paraibuna, Natividade da Serra e Redenção da Serra.

Os plantios foram feitos às margens da Represa de Paraibuna, em áreas cedidas pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e locais indicados pela Prefeitura de Paraibuna. A ação recebeu investimentos de R$ 11,85 milhões do Governo do Estado.

A Cetesb, a agência paulista que fiscaliza o cumprimento das obrigações ambientais, constatou que 152,9 hectares (43%) atingiram o estágio de florestas autônomas e, por esta razão, considerou atendida essa parcela da compensação.

As 393 mil mudas plantadas nesses trechos já apresentam floração e frutificação, atraindo insetos, morcegos, pássaros e outros animais que contribuem para a polinização e dispersão de sementes, processo essencial na manutenção e perpetuação florestal. As áreas restantes continuarão recebendo cuidados da Dersa até que atinjam o mesmo grau de maturidade.

As novas florestas contribuem para a preservação dos mananciais e da biodiversidade local. A ação, portanto, acompanha metas do Programa Nascentes, desenvolvido pelo Governo do Estado, e une órgãos ambientais, especialistas em restauração florestal, empreendedores e voluntários.

As áreas restauradas compõem a região do manancial do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento do Vale do Paraíba e parte do estado do Rio de Janeiro, e que será interligado ao Sistema Cantareira, por meio de obra da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Força conjunta – Além da Cetesb, Cesp e municípios, a DERSA também somou forças com o Instituto de Botânica, que colaborou por meio da orientação técnico-científica para que as áreas em processo de restauração florestal pudessem atingir a maturidade de modo rápido e eficiente.

A partir do apoio do instituto em ações realizadas em outros empreendimentos gerenciados pela Companhia, como os Trechos Sul e Norte do Rodoanel Mario Covas, os profissionais de meio ambiente da Dersa ganharam expertise no trabalho de restauração florestal e avançaram quanto ao conhecimento das áreas com melhor potencial de reflorestamento, técnicas inovadoras e uso de espécies nativas sempre com alta diversidade, entre outros aspectos.

O Instituto de Botânica, por seu lado, produziu até aqui um vasto material científico sobre a flora com base nas ações realizadas em parceria com a DERSA nos Trechos Sul e Norte do Rodoanel. Já foram apresentados, em congressos, simpósios e outros eventos do gênero, aproximadamente 50 trabalhos entre artigos, resumos e teses.

O resultado dessas iniciativas conjuntas está refletido também na prática. O reflorestamento realizado no Vale do Paraíba obteve, por exemplo, um excelente índice de plantio adensado ao inserir 2.778 mudas por hectare.

O número é superior ao sugerido pela Cetesb (1.666 mudas por hectare). O procedimento colabora com o bom desenvolvimento das mudas e eleva o potencial quanto à eficácia da restauração florestal em prazos mais curtos. Os plantios da Nova Tamoios Planalto atingiram níveis adequados de desenvolvimento após 24 meses de manutenção.

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