Meio Ambiente

Albatroz-viageiro está sendo reabilitado pela primeira vez no Brasil

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Tratamento de albatroz-gigante marca parceria entre o Instituto Argonauta e o Projeto Albatroz

Um albatroz-viageiro (Diomedea exulans), a maior espécie entre os albatrozes, foi encontrado em São Sebastião no dia 29 de junho. A ave oceânica foi entregue pela Polícia Ambiental ao Instituto Argonauta, que atende as ocorrências com animais marinhos entre Angra dos Reis/RJ e São Sebastião/SP, mantido em parceria com o Aquário de Ubatuba.

“Estamos animados com a parceria e esperamos poder contribuir cada vez mais. Os mares estão sofrendo muitas ameaças e as populações estão sofrendo baixas. A pressão sobre os recursos e sobre o bioma só aumenta. Por isso, temos que atuar conjuntamente. Quando vemos um bicho como este, devido à vulnerabilidade da espécie, sabemos que é um grande sobrevivente. Espero que este ilustre visitante possa se recuperar e ainda viver muito”, conta Hugo Gallo Neto, oceanógrafo e presidente do Instituto Argonauta.

O albatroz está recebendo os cuidados no Instituto Argonauta para que possa ser solto, assim que estiver apto para voltar à natureza. Esta espécie está criticamente em perigo de extinção, segundo a lista brasileira de espécies ameaçadas.

“O albatroz-viageiro possui a maior envergadura entre todas as aves do planeta. Este que está sendo reabilitado tem 3,25 metros da ponta de uma asa à outra. É uma ave rara e impressionante, que durante seu ciclo de vida dá voltas ao redor do mundo. Suas penas estão predominantemente brancas, o que indica que já viveu vários anos e percorreu longas distâncias.”, descreve Tatiana Neves, coordenadora geral do Projeto Albatroz.

077 viageiro meio

Diomedea exulans, popularmente conhecido como albatroz-viageiro, albatroz-errante ou albatroz-gigante, ocorre nos Mares do Sul e atinge a maturidade sexual com cerca de 11 anos. O período reprodutivo é longo e bi-anual. Em geral, as aves dessa espécie que ocorrem no Brasil vêm das ilhas Geórgia do Sul, onde o monitoramento tem revelado um preocupante declínio de indivíduos a cada ano.

No Brasil, a principal ameaça aos albatrozes e petréis é a captura incidental devido à interação com a pesca de espinhel. Extremamente relevantes para a conservação da biodiversidade marinha, estas aves interagem com as embarcações, em busca de iscas, podem ser fisgadas e levadas à morte por afogamento.

Sobre o Instituto Argonauta

O Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha é uma OSCIP sem fins lucrativos, fundada em julho de 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba. Foi criado para incentivar a obtenção de recursos para projetos de pesquisa voltados à preservação do oceano. Tem como objetivo, o desenvolvimento e o apoio à cultura e educação com ações de conservação ambiental, defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano e do meio ambiente. Está sediado em Ubatuba e é mantida pelo Aquário de Ubatuba.

Saiba mais: http://www.institutoargonauta.org/flash/barraargonauta1.swf

Sobre o Projeto Albatroz

Desde 1990, o Projeto Albatroz trabalha para evitar a captura não intencional de albatrozes e petréis desenvolvendo ações de pesquisa e monitoramento junto aos pescadores e a instituições parceiras. Também tem um importante papel em discussões nacionais e internacionais para o desenvolvimento de políticas públicas e de acordos pela proteção destas aves oceânicas. Além disso, busca sensibilizar a sociedade em geral, alcançando diferentes perfis de público em eventos e através de ações de Educação Ambiental.
Patrocinado pela Petrobras, atualmente o Projeto Albatroz possui cinco bases, distribuídas em estratégicos portos de pesca do Brasil: Santos-SP, Itajaí-SC, Rio Grande-RS, Itaipava-ES e Cabo Frio-RJ.

Saiba mais: www.projetoalbatroz.org.br

Fonte: Aquário de Ubatuba

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