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Réveillon vira discussão entre moradores e hoteleiros em Barequeçaba

Tamoios News
Foto: Ivânio de Abreu/TN. Moradores e representantes hoteleiros discutiram sobre réveillon na praia de Barequeçaba

Por Ivânio de Abreu

A festa de Réveillon que acontece na Praia de Barequeçaba há quatro anos, e atrai turistas e pessoas de outros bairros, virou tema de discussão entre moradores e representantes de hotéis de Barequeçaba. Uma reunião foi solicitada pelos hoteleiros à Sociedade Amigos de Barequeçaba (SAB) para debater a realização do evento, na manhã dessa terça-feira (7).  A festa foi instituída no calendário oficial de eventos do Município, pelo atual prefeito Felipe Augusto (PSDB), que sancionou a lei n° 2460/2017, entrando em vigor no dia 20 de junho desse ano.

João Onofre, 69 anos, morador há 40 anos, que é a favor da festa de Réveillon considera ser necessário o apoio do Poder Público. “Precisamos que esse evento tenha o apoio da prefeitura, da secretária de segurança, bombeiros, serviço médico, banheiros químicos, toda a infraestrutura que o evento exige. Eu sou absolutamente a favor da festa, e acho que todas as autoridades devem participar para que a gente tenha uma festa bonita para que eu possa ir com minha mulher e meus filhos”, relata Onofre.

Onofre entende que “já que existe uma lei, aprovando o réveillon em Barequeçaba, a prefeitura é obrigada por lei a oferecer a infraestrutura de segurança para o cidadão e atendimento médico”.

Reunião na Sociedade Amigos de Barequeçaba (SAB)

Fábio Vara, 35 anos, gerente do Valentina Hotel foi convocado para a reunião e entende que para a realização do evento é necessário estrutura. “O que foi discutido é que somos contra que ocorra uma festa como aconteceu de 2016 para 2017, porque não houve uma estrutura adequada, causou inclusive prejuízo. O que poderia ser feito a principio seria a colocação de banheiros químicos, a presença do DITRAF para controlar carro com som na praia e o policiamento para impor respeito pelo menos na festa”, diz o gerente.

Jairo Cleber, 45 anos, gerente geral do Vista Bela Resort ressalta que os hotéis não são contra a festa, mas sim contra uma festa mal organizada. “Como foi a do ano passado, onde não havia segurança, banheiro químico e ai virou uma bagunça institucionalizada. Então a função dos hotéis aqui hoje é que tenha no dia de Réveillon segurança na praia não só para os hospedes como para a população, além de banheiros químicos”, explica Cleber.

Para Sergio Pereira, 80 anos, diretor e vice-presidente da Sociedade Amigos de Barequeçaba (SAB) que foi mediador da reunião, diz que “a discussão aqui hoje, foi devido a solicitação dos hotéis na SAB para conversar sobre a festa de réveillon, pois, estavam preocupados que acontecesse como a do ano passado sem nenhum controle”.

O vice-presidente enfatiza pontos como, “qual o plano da prefeitura para a realização da festa, quais as medidas que irão adotar, qual a infraestrutura que estará a disposição para que ocorra o evento, para que seja uma festa boa e que produza efeitos positivos para o bairro e não negativos. A SAB enviará um oficio, para indagar a prefeitura tudo que foi levantado durante a reunião referente a festa”, conclui Pereira.

O vereador Gleivison Gaspar (PMDB) também esteve presente na reunião, avaliou ser oportuna a ocasião para esclarecimento. “Supostamente alguns hoteleiros seriam contra o evento, então a reunião trouxe a clareza das ideias. Não são contra o evento, mas sim contra a falta de estrutura. Porque todo mundo quer a festa, todos reconhecem que é uma festa popular, que agradou o bairro é já esta indo pra o quinto ano”, explica Gleivison.

O parlamentar analisa que “já que o prefeito sancionou a Lei, vai continuar com a festa, porque sabe que é algo aguardado pela população local. Se for uma festa bem organizada com a estrutura necessária, vai agradar e muito os hoteleiros também”.

1 Comentário

  • Sou caiçara, nascido em Barequeçaba. Fui transferido para o Rio de Janeiro em 1991 pela empresa que trabalhava na época. Vendi tudo que tinha em São Paulo, menos a casa que tenho em Barê, onde vou sempre, pois gosto demais da minha terra. Mas fico muito chateado em ver o abandono da minha praia. Perto da minha casa fica o posto de saúde que leva o nome do meu pai, nada muda. É lixo por todo lado e ruas que foram calçadas esburacadas, inclusive a avenida que leva o nome da minha avó, Sebastiana Leite Bueno. Muito triste!

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