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Carcaça de baleia encalha em praia de São Sebastião, litoral norte Paulista

Tamoios News
Foto: Instituto Argonauta

No início da tarde do dia 29 de julho, a equipe de resgate do Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha, instituição executora do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral norte de São Paulo, recebeu e atendeu o acionamento de uma baleia morta na praia do Guaecá, em São Sebastião.

Chegando ao local foi identificada uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) medindo cerca de 14 metros de comprimento já em estado de decomposição. A equipe realizou coleta de materiais biológicos, que servirão para futuras análises e pesquisas sobre a ocorrência destes animais na região.

Para esse atendimento foi fundamental a participação da Prefeitura de São Sebastião, com o pronto isolamento da área pela defesa civil até a chegada do maquinário necessário, cedido pela prefeitura, para a realização do enterro do animal no mesmo local.

O oceanógrafo, Hugo Gallo Neto, Diretor executivo do Aquário de Ubatuba e presidente do Instituto Argonauta, esclarece: “desenvolvemos uma técnica de encalhe e acompanhamento de decomposição de carcaças, nas costeiras, quando encontradas em alto mar, que é a melhor alternativa. Porém, quando os animais já estão encalhados na areia, o enterro da carcaça é a
opção adequada, e quando realizado de forma correta, não oferece risco de contaminação às praias. Pelo contrário, este procedimento é uma prática segura e benéfica, pois as carcaças enterradas retornam nutrientes ao ambiente, contribuindo para a manutenção da saúde do ecossistema local”.

De acordo com Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do trecho do PMP-BS no litoral norte de São Paulo, neste inverno já foram registrados 5 casos de baleias nessa região. “Em todos esses
anos de atuação do Instituto Argonauta, notamos um aumento nas ocorrências de baleias durante o outono-inverno, pois é o momento em que ocorre a migração desses animais, saindo do sul do oceano Atlântico sentido norte, em busca de águas quentes.”

Fonte: Instituto Argonauta