Cidades São Sebastião

Lei que obriga divulgação do serviço 180 já é valida no município

Tamoios News
Foto: Divulgação. Em São Sebastião a divulgação do serviço 180 é obrigatório em estabelecimentos que vendam bebida alcoólica

Violência contra a mulher é crime, não se cale! Disque 180

 

Por Ivânio de Abreu

As mulheres sebastianenses ganharam mais uma forma de combate contra a violência. O motivo é a obrigatoriedade de divulgação do serviço 180, exclusivo para a comunicação de denúncias de abuso, exploração e violência contra a mulher, em todos os comércios (ambulantes ou fixos) que vendem bebida alcoólica.

A placa que divulga o serviço 180 deve estar em local de visibilidade e conter a seguinte mensagem: “Violência contra a mulher é crime, não se cale! Disque 180″.

São 250 mulheres que se revezam para atender as ligações no serviço que fica a disposição 24 horas, todos os dias da semana, e disponível em todos os Estados. Elas dão orientações, esclarecem dúvidas e podem registrar denúncias de agressões, tudo de forma sigilosa e segura.

A reportagem apurou que os casos mais frequentes de violência na região são de agressões física, ou verbais, além de ameaças. Os bairros da Costa Sul de São Sebastião apresentam o maior índice de violência contra a mulher, sendo eles; Boiçucanga, Maresias e Juquehy.

Gleivison

Foto: Divulgação. Gleivison Gaspar foi o autor do projeto que obriga a divulgação do serviço 180

Para a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Júnia Cristina Macedo, toda a publicidade veiculada e incentivando a denúncia, sobre qualquer tipo de violência é de importante, principalmente o disque 180- violência doméstica, sendo resguardado o denunciante. “Muitas vítimas ainda temem que seus pares tomem conhecimento que efetuaram o registro de ocorrência, sendo que a denúncia anônima as fortalece”, explica Júnia.

A proposta de Lei para que exista a divulgação do serviço 180 em estabelecimentos do município, foi protocolada no Poder Legislativo pelo vereador Gleivison Gaspar (PMDB) em junho deste ano. Segundo Gleivison, a proposta surgiu devido à experiência própria, pois veio de um lar violento, e ao se tornar parlamentar sentia a necessidade de fazer algo sobre o problema.

“Poucas vezes me senti tão feliz com a aprovação de uma Lei. Talvez esteja legislando em causa própria, já que da minha mente não saem às imagens de um padrasto bêbado quebrando a casa inteira e batendo na minha mãe. Nosso silêncio fortalece esses monstros”.

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