Cidades São Sebastião

Desaparecimento da jovem Giovanna completa um ano

Tamoios News

Por Simone Rocha

A desaparecimento da adolescente Giovanna Berthold completa um ano hoje, dia 18 de dezembro. Giovanna morava em São Sebastião há seis anos. Na época do desaparecimento ela tinha 16 anos e foi vista pela última vez caminhando na praia do Arrastão, indo em direção a Prainha. Estava com um vestidinho preto florido, descalça, sem dinheiro, sem documentos e sem celular.

Saskia Postuma, que é prima da jovem, esteve na última segunda-feira na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São Sebastião, acompanhada da advogada Elisabete A. De Oliveira, vice-presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB.

”Sempre entro em contato com o delegado para saber algo relacionado ao desaparecimento da minha prima. Ao completar um ano dessa data tão difícil para todos nós fizemos de vir até aqui reforçar que ainda temos esperança de encontrá-la com vida. Recebemos inúmeras informações na época do sumiço dela, mas nada foi confirmado, como a presença de Giovanna em várias cidades de outros estados, estabelecimentos comercias e até mesmo por aqui na região. Tudo o que chegou até nosso conhecimento foi investigado, seja pela família ou pelas autoridades
policiais, pois sempre tivemos o apoio da polícia”, relata.

O delegado Edson Pinheiro, titular da DIG informou que todas as medidas foram tomadas no sentido de encontrar Giovanna, como a quebra do sigilo telefônico e das redes sociais da jovem, porém nada foi encontrado relacionado ao desaparecimento.

“Ela está sendo procurada em todo o pais, pois fizemos um PPD (Procedimento de Pessoa Desaparecida). Vamos verificar nos próximos dias a possibilidade de atualizar a foto dela com outras cores e cortes de cabelo e como estaria o rosto dela depois de um ano. Caso seja possível vamos divulgar para que possa colaborar na localização de Giovanna”, informou o delegado.

A advogada que acompanha o caso, Elisabete, disse que a OAB procura apoiar a família na resolução desse mistério. “Nossa luta é com relação ao tráfico de pessoas. Acompanhamos os processos investigativos para apurar as circunstâncias que ocorreram este desaparecimento, no inquérito não se cogita morte, pois não há um corpo, mas a adolescente pode ter sido vítima de tráfico de pessoas, o que infelizmente pode acontecer. Estamos acompanhando de perto a apuração desse caso”, informa.

O delegado informou que as investigações sobre o caso vão continuar até a localização de Giovanna, seja com vida, que é a esperança da família e amigos ou seja do corpo da jovem, hipótese que infelizmente não pode ser descartada. Edson informou ainda que existem 80 casos abertos de desaparecimento de pessoas no litoral norte de São Paulo, e a maioria recentes, apenas alguns mais antigos do ano de 2016. “O número sempre aumenta no final do ano, quando as cidades recebem muitos turistas e ficam bem movimentadas”.

Qualquer pista sobre o desaparecimento de Giovanna ou de qualquer outra pessoa desaparecida pode ser informado pelo telefone 181.