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Prefeitura tenta novo financiamento para construção de casas populares em Maresias

Tamoios News
Vista aérea da área onde prefeitura pretende construir casas populares em Maresias

A Prefeitura de São Sebastião confirmou que a Caixa Econômica Federal comunicou a indisponibilidade de recursos para construção de casas populares nos bairros de Maresias e Topolândia.

A prefeitura informou ainda que o Governo Municipal segue com o projeto e está solicitando verba junto à CEF em outa modalidade de financiamento.

Segundo informações, a prefeitura havia solicitado recursos do programa Minha Casa Minha Vida, que a CEF alega não ter disponibilidade no momento. Felipe Augusto deve tentar outro modelo de financiamento.

Polêmica

A administração de São Sebastião anunciou no final do ano passado a construção de moradias populares em Maresias e na Topolândia.

O objetivo da prefeitura era garantir imóveis para moradores que vivem em áreas de risco. O projeto incluía unidades do programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal para famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil.

O anúncio da construção de conjunto habitacional com 300 casas em Maresias, causou muita polêmica no bairro que possui a praia mais badalada do Litoral Paulista.

O terreno destinado pela prefeitura para as unidades do Minha Casa Minha Vida fica próximo a hotéis, pousadas e condomínios e fica a poucos metros da praia.

A Sociedade dos Amigos de Maresias (Somar) promoveu duas reuniões para debater o assunto, uma delas, na última quinta(6), com a participação do prefeito Felipe Augusto. Os moradores entendem que o bairro não possui condições para receber 300 moradias populares.

Um estudo elaborado pela engenheira Paula de França Pereira apontou que é inviável urbanisticamente e ambientalmente  a construção de conjunto habitacional em Maresias.

O laudo apontou que a construção provocaria geração de adensamento populacional, alteração no uso e ocupação do solo, desvalorização imobiliária, aumento da demanda de serviços públicos, entre outros problemas.

Mesmo sabendo que a CEF não dispunha de recursos para a construção das unidades, na reunião, do dia 6, Felipe Augusto manteve a decisão de construir as casas em Maresias.

Na reunião do dia 6, Felipe Augusto explicou aos moradores, o projeto sobre as casas populares em Maresias

Felipe disse que as casas populares de Maresias serão construídas apenas para os moradores do bairro. “Temos um déficit habitacional de 503 casas em áreas de risco ou de preservação que já estão cadastradas na prefeitura. Dessas 503 vamos atender inicialmente 220 nesse terreno que tem 25 mil metros quadrados, mas que vamos utilizar 15 mil metros para a construção das casas. As famílias que vão para essas primeiras residências serão escolhidas por meio de sorteio”, informou Felipe.

O prefeito também foi questionado sobre como será a mudança das famílias para o local e o que acontecerá com as residências que essas famílias ocupam atualmente. “As casas serão construídas e depois terão energia, água, coleta de esgoto e só então haverá o sorteio. O local onde estão as residências atuais ocupadas por esses moradores será recuperado”, afirma.