Cidades Ubatuba

Vigilância Epidemiológica alerta sobre aumento de casos de zoonose na região

Tamoios News

O Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), informou que o Litoral Norte do estado de São Paulo está em estado de atenção devido ao aumento do número de casos da zoonose, entre elas, a esporotricose. O alerta teria sido dado durante reunião do órgão com representantes das prefeituras, no dia 17, em Caraguatatuba.

Em Ubatuba, onde foram registrados dois casos da doença em humanos, a Vigilância em Saúde vai dar início a uma série de ações de conscientização para prevenção da esporotricose, conhecida popularmente como “doença do jardineiro”, que atinge principalmente gatos, mas também cães e seres humanos.

Além do treinamento das equipes da Atenção Básica, a Vigilância em Saúde de Ubatuba pretende também criar um protocolo de notificação compulsória de casos suspeitos da zoonose, como já é feito em cidades como Paraty, no Rio de Janeiro, e Guarulhos, em São Paulo.

A esporotricose é uma micose causada pelo fungo Sporothrix sp, presente no solo e em material orgânico de origem animal ou vegetal. Ela é adquirida principalmente no contato com a terra, pela inoculação do fungo através da pele. É mais comum em felinos devido ao hábito de enterrar fezes e pode ser transmitida a cães e a humanos seja por meio de arranhões ou feridas na pele, seja em acidentes com espinhos, lascas de madeira, entre outros. Em Ubatuba, houve dois casos confirmados da doença em humanos em 2019.

Sintomas e prevenção

Os sinais da presença do fungo são pequenas bolinhas vermelhas que rapidamente evoluem para nódulos ou caroços maiores. Se a doença não for tratada, ela pode se espalhar via sistema linfático e atingir todos os órgãos internos.

“Caso seu animal de estimação apresente lesões ulceradas que não cicatrizam é preciso leva-lo o quanto antes a uma clínica veterinária”, explica Bianca Davino Canatto, veterinária da Vigilância em Saúde. Outra recomendação é evitar que o animal saia de casa.

O tratamento da doença é feito com antifúngicos específicos prescritos pelo médico, leva cerca de seis meses e não pode ser interrompido nesse período.