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Crise faz aumentar comércio informal em Caraguá

Tamoios News

Crise e falta de emprego fazem com que a população busque a informalidade para sobreviver

Por Salim Burihan

O comércio informal cresce em Caraguá e nas demais cidades da região. Sintomas da crise e da falta de empregos na região.

Na busca pela sobrevivência, cada vez mais pessoas estão entrando na informalidade e no subemprego.

Em Caraguá, por exemplo, nota-se cada vez mais o aumento do comércio ambulante ou de rua, no centro e nas praias.

Nas ruas do centro, nas praias e nas principais praças, ambulantes vendem de tudo, de frutas a produtos eletrônicos.

Muitos gostariam de entrar na formalidade, mas os elevados custos com alugueis e impostos, impedem.

Fazer bico, se tornou uma opção para a maioria deles. Em alguns casos, a situação é alarmante, até mesmo, a prostituição cresceu.

O número de pontos de prostituição aumentou. Antes, ficavam em bairros periféricos, hoje, se aproximam do centro da cidade.

“M”, por exemplo, disse que sem oportunidade de empregos e com duas filhas para criar, não teve outra opção a não ser fazer programas para sobreviver e manter a família.

Rubens Paçoca, morador do Jardim Gaivota, disse que, até gostaria de ter um comércio próprio, mas alega que não tem como arcar com os custos do aluguel e impostos.

Para sobreviver, vende amendoim nas ruas e praias da cidade. “Tá dando para sobreviver e meu filho, de 14 anos, também deve seguir o mesmo caminho. Vendo de 20 a 70 pacotinhos por dia(cada pacote custa R$ 5,00)”, contou.

Rubens tem até logomarca “Amendoim do Paçoca” e camiseta de  trabalho. Seu produto é elogiado por moradores e turistas.

Cursos

Cresce também, a mão de obra informal. São pessoas se oferecendo para trabalhar como pedreiro, eletricista, pintor, apesar da falta de experiência.

A prefeitura local tenta qualificar e capacitar os moradores através de cursos oferecidos pelo Fundo Social e Secretaria de Desenvolvimento Social, em parceria com várias entidades, entre elas, o Senai e o Sebrae.

São oferecidos pelo Fundo Social, os mais variados cursos, entre eles, de padeiro, confeitaria, estamparia, cortes de cabelo, manicure, pedicure, pedreiro, eletricista, mecânico, corte e costura.

Muitos, após a conclusão dos cursos, passam a trabalhar informalmente, outros, chegam a abrir seus comércios.

Ambulantes

A prefeitura têm 300 ambulantes devidamente cadastrados, mas o número de pessoas vivendo do comércio de rua é bem maior.

A cidade não tem grandes empresas e isso dificulta a geração de empregos. Sem emprego, os moradores tentam sobreviver do comércio informal.

O prefeito Aguilar Junior, por considerar esse número defasado, está estudando uma forma de ampliar as vagas, que foram fixadas pela legislação de 1987, com o objetivo de possibilitar que mais pessoas desempregadas possam trabalhar no comércio ambulante para poder manter a família.

O presidente da ACE(Associação Comercial e Empresarial), de Caraguá, Sávio Luiz dos santos, entende que, o comércio de rua não pode prejudicar o comércio devidamente regulamentado.

“É uma concorrência desleal. O comerciante paga seus impostos e gera empregos. O ambulante não. Eles, os ambulantes, não podem vender produtos que sejam comercializados no comércio. Isso prejudica”, afirmou.

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