Condições das praias

Confira o ranking das praias mais poluídas na região em 2019

Tamoios News
Itaguá, pelo segundo ano consecutivo, a praia mais poluída da região

A praia do Itaguá, em Ubatuba, lidera pelo segundo ano consecutivo  o ranking das praias mais poluídas na região.  As praias impróprias devem ser evitadas para banho devido ao risco de doenças transmitidas pelo esgoto. Após renovar contrato com as prefeituras, a Sabesp intensifica as obras de saneamento, importantes para reduzir a poluição nas praias

Por Salim Burihan

A praia do Itaguá, em Ubatuba, foi à praia mais poluída do Litoral Norte em 2019. A praia esteve imprópria para banho em 44 das 51 semanas deste ano. Não foi computada a avaliação do dia 29 de dezembro.

No ano passado, a praia do Itaguá também liderou o ranking das praias mais poluídas da região, esteve imprópria durante as 52 semanas do ano.

No segundo lugar, empataram a praia de São Francisco, em São Sebastião e  Itaquanduba, de Ilhabela,  que estiveram impróprias em 36 das 51 semanas de avaliação pela Cetesb.

Praia de São Francisco, em São Sebastião, a segunda mais poluída na região em 2019

Perequê-Mirim, de Ubatuba, foi a terceira colocada, com 35 semanas poluídas em 51 avaliadas pela Cetesb. Indaiá, em Caraguatatuba, ficou na quarta colocação classificada como imprópria em 33 das 51 semanas avaliadas. Na quinta colocação, a Praia do Viana, na Ilha, com 26 semanas poluídas ao longo do ano.

Em 2018, o ranking teve em 1º, o Itaguá, 52 semanas imprópria; em segundo, a Prainha, de Caraguá e Itamambuca, de Ubatuba, com 32 semanas poluídas; em terceiro, Picinguaba, em Ubatuba  e Pontal da Cruz, em São Sebastião, poluídas em 31 semanas; na quarta posição ficou a praia Porto Grande,, de São Sebastião, imprópria em 30 semanas do ano; e, na quinta posição, a praia do Indaiá, em Caraguá, poluída em 29 semanas do ano.

Confira as praias mais poluídas em cada cidade em 2019

Ubatuba

1º- Itaguá, 44 semanas

2º- Perequê-Mirim, 35 semanas

3º- Lázaro, 21 semanas

Caraguá

1º- Indaiá, 33 semanas

2º- Tabatinga, 13 semanas

3º- Prainha, 12 semanas

São Sebastião

1º- São Francisco, 36 semanas

2º- Porto Grande, 25 semanas

3º- Pontal da Cruz, 21 semanas

Ilhabela

1º- Itaquanduba, 36 semanas

2º- Viana, 26 semanas

3º- Portinho, 25 semanas

 

Classificação Semanal

 A Cetesb monitoras as praias do Litoral Norte desde 1974. São coletadas amostras de água do mar em 92 praias. Em algumas praias a coleta é feita em dois pontos, como ocorre nas praias de Itamambuca, Itaguá, Massaguaçu, Tabatinga, Maresias, Juquehy e Boracéia.

Segundo os critérios estabelecidos pela Cetesb, as praias são classificadas em ralação à balneabilidade, em 2 categorias: Própria e Imprópria sendo que a primeira reúne 3 categorias distintas: Excelente, Muito Boa e Satisfatória.

Essa classificação é feita de acordo com as densidades de bactérias fecais resultantes de análises feitas em cinco semanas consecutivas. A Legislação prevê o uso de três indicadores microbiológicos de poluição fecal: coliformes termotolerantes (antigamente denominados Coliformes fecais), E. coli e enterococos.

Pelo critério adotado pela CETESB para águas marinhas: os enterococos, densidades superiores a 100 UFC/100 mL , em duas ou mais amostras de um conjunto de cinco semanas, ou valores superiores a  400 UFC/100 mL na última amostragem, caracterizam a impropriedade da praia para recreação de contato primário. Sua classificação, como Imprópria, indica um comprometimento na qualidade sanitária das águas, implicando em um aumento no risco de contaminação do banhista e tornando desaconselhável a sua utilização para o banho.

Mesmo apresentando baixas densidades de bactérias fecais, uma praia pode ser classificada na categoria Imprópria quando ocorrerem circunstâncias que desaconselhem a recreação de contato primário, tais como; a presença de óleo provocada por derramamento acidental de petróleo; ocorrência de maré vermelha; floração de algas potencialmente tóxicas ou surtos de doenças de veiculação hídrica.

Investimentos

obras de esgoto em andamento na região

A boa notícia e que as prefeituras de São Sebastião, Caraguá e Ubatuba já renovaram seus contratos com a Sabesp e obras de saneamento básico já estão em andamento. A falta de saneamento é o que mais provoca poluição nas praias da região.

Em São Sebastião, cidade que conta com 76% das moradias atendidas com coleta e tratamento de esgoto, a prefeitura renovou o contrato com a Sabesp na ordem de R$ 610 milhões.

Em Caraguá, que conta com 86% das moradias atendidas com coleta e tratamento de esgoto, o contrato prevê R$ 434 milhões em obras, a maior parte delas de rede de esgoto.

Ubatuba, que é a cidade com menor índice de moradias atendidas com coleta e tratamento de esgoto, apenas 42% das casas é atendida por rede de coleta e tratamento de esgoto, a prefeitura renovou o contrato na ordem de R$ 697 milhões.

Ilhabela já definiu os investimentos, mas ainda não renovou com a Sabesp. A Ilha conta com apenas 42% de suas moradias atendidas por rede de esgoto. O investimento previsto pela prefeitura e aprovado pela câmara prevê investimentos na ordem de R$ 500 milhões.