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Maior maratona aquática do país é vencida por veteranos

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Rafael César
Rafael César

Evento movimento a praia de Maresias durante o final de semana

VI etapa do Waterman unia três modalidades de esportes aquáticos e havia nomes importantes do surf brasileiro competindo

Por Rafael César, de São Sebastião

A quarta etapa do Waterman foi realizada na praia de Maresias, em São Sebastião, no último final de semana. O campeonato unia três modalidades de esportes aquáticos: natação, surf e stand up (SUP race). Os grandes destaques do campeonato foram os veteranos Tiago Giacomelli Dove, 36 e, Andréa Lopes, 42, que já foi tetracampeã brasileira de surf e a primeira representante brasileira no circuito mundial.

Os dois terminaram em primeiro lugar em suas respectivas categorias. Além desses dois competidores teve outro que chamou a atenção, o jovem atleta, Fábio Pereira dos Santos (mais conhecido como Fabinho), 20, que conquistou o terceiro lugar na Open e segundo lugar na categoria Pro masculina.

Foram disponibilizadas 40 vagas na categoria amadora (open), sendo que os 10 primeiros colocados nessa fase garantiam o direito de competir no dia seguinte na pro (profissional). A premiação contemplava uma homenagem aos 125 anos de Duke Kahanamoko, um patrono do surf, natação e canoagem mundial.

As etapas das categorias Open e Pro foram disputadas formas separadas em femininas e masculinas. Os competidores da open tiveram que fazer um percurso de 800m de natação, 4 km de stand up, e surfar quatro ondas de longboard. Já na outra categoria, os watermen deveriam nadar 1,5 km, remar 8 km de stand up e pegar sete ondas de long.

Os três primeiros colocados da categoria Open masculina e feminina ganharam remos e medalhas. Na Pro os prêmios foram diferentes, o primeiro colocado no masculino levou uma premiação para casa de R$3 mil e o troféu Duke Kahanamoko, o segundo colocado ganhou R$ 1,5 mil e o troféu waterman o terceiro premiado ficou com R$ 1 mil e o troféu waterman. No feminino, a primeira colocada ganhou R$ 900 e o troféu waterman, a segunda colocada levou R$ 500 e o troféu waterman e a terceira colocada conquistou R$ 250 e o troféu.

Diretor de prova, o Alemão de Maresias afirmou que no próximo ano a etapa está garantida. “Continuaremos unindo as modalidades e fortalecendo cada tipo de esporte que estiver incluso no waterman. O evento sempre será feito nesses moldes, trará experiência e com certeza uma evolução para todos os atletas que participarem a cada etapa”.

Este estilo de competição é tradicional nos Estados Unidos e na Europa, aonde a cultura dos competidores de cada modalidade não traz preconceitos para cada estilo diferente de esporte, segundo o organizador e competidor do evento, Edilson Assunção (mais conhecido como Alemão de Maresias), 46, no Brasil, existem muitos estereótipos esportivos.

“O preconceito entre as modalidades é o que impede de ter outras competições do mesmo estilo pelo país. Essa visão vem mudando. Quando começamos a idealizar este evento só me veio à cabeça o espírito aloha, que é o espírito de amizade, paz e união. Este evento é uma homenagem a um grande atleta mundial e ele em toda sua carreira nos transmitiu essa concepção e conceito”, acrescentou Alemão.

Destaques

O jovem Fabinho se escreveu para o evento três dias antes do início da prova, a conquista foi efeito de uma superação, pois depois do esforço físico do primeiro dia de competição ele achava que não teria condições de terminar a prova no dia seguinte, quem o motivou foi o pai dele. “Meu pai me viu com gelo na perna, desaminado, eu estava com pouca força, ele me disse: “Filho, vai lá que você vai buscar o seu resultado você merece”. Saí de casa com sede de vencer, não fiquei em primeiro, mas alcancei um ótimo resultado. Eu nunca tinha participado de uma competição nesse formato, para mim foi Deus que me deu este presente”. Comentou Pereira.

Já, Tiago Giacomelli se divertiu na prova, largando muito bem na natação administrou com folga sua posição. Giacomelli participou das duas últimas edições do evento e terminou em oitavo na primeira participação e terceiro na penúltima. “Minha meta esse ano era conquistar esse desafio, eu treinei o ano inteiro pensando nessa competição e o resultado veio. O grau de dificuldade da prova é muito alto e foi muito bom ver que estou bem fisicamente”. Relatou o campeão.

Para Andréa Lopes a conquista foi uma superação pessoal, apesar de serem três esportes que ela ama, na concepção dela a idade que ela estar poderia interferir em seu resultado. “O ritmo do desafio é alucinante, eu consegui minha vantagem no início da prova. Eu imaginei que iria me complicar muito mais na prova, porém, não foi fácil. A experiência é maravilhosa e estou lisonjeada com o título, ano que vem se Deus quiser estarei aqui de novo”, complementou a campeã. 

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