Trabalho musical vai reunir canções dos indígenas da aldeia Boa Vista, localizada no Prumirim
Por Raell Nunes, de Ubatuba
Comemorando a Semana da Tradição Indígena em Ubatuba, os índios da Aldeia Boa Vista prometem emocionar o público com o lançamento de um novo CD, no qual se sobressai o coral.
O disco recente se chama Tekoa Jaexaa (Alma Viva Guarani) e tem como foco principal adorar o “Deus criador de tudo e de todos”, na cultura deles. O trabalho musical foi elaborado pela Gopala Filmes, em parceria com o Projeto Garoupa.
Os cânticos gravados estarão disponíveis ao público no dia 19 de abril – Dia do Índio, a partir das 14h, na Praça de Eventos, localizada na Av. Iperoig, Centro. Além disso, haverá um show da tribo, dentro da programação do festival Folclore em Cena – que se estenderá até domingo (23).
A apresentação ao vivo vai contar com a presença de dois corais da Aldeia Boa Vista: o Xondaro Mirim Mborai e o Nhamandu Nhemopuã. Nos dois grupos há crianças, jovens e adultos. “As atividades são abertas a toda população”, disse o presidente da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart), Pedro Paulo Teixeira.
Mas para quem não gosta de música indígena e mesmo assim está curioso para saber mais da Aldeia Boa Vista, haverá uma conversa – após as apresentações – sobre o cotidiano dos índios e a cultura Guarani, ainda viva entre nós.
Boa vista
Situada no bairro Prumirim, em área de Mata Atlântica, a Aldeia Boa Vista fica a 30 km da região central de Ubatuba. Para entrar no lugar, é preciso percorrer mais de 3 km de distância da rodovia Rio-Santos.
Segundo a Comissão Pró-Índio de São Paulo, em 1982 iniciou-se o processo de reconhecimento e demarcação das terras indígenas no Estado de São Paulo, inclusive a da Aldeia Boa Vista. Em 1987 foi, finalmente, homologada a demarcação da Terra Indígena da localidade.
Conforme o órgão, a aldeia, onde residem 30 famílias, está localizada na Terra Indígena e essa terra de índios já se encontra demarcada pelo Decreto Presidencial N.º 94.220/87, que garantiu aos Guaranis 920,66 hectares.
De acordo com a Fundart, a comunidade da Boa Vista está preparada para receber turistas com o agendamento da visitação. Ainda esclarece que o espaço indígena produz e expõe seu artesanato na própria aldeia.
Gostaria que tivesse mais fotos ou pinturas dos indios tamoios. nas feiras de artesanato, há bastante artefatos mas nenhuma explicação. Seria interessante também melhorarem isso