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Nova movimentação no morro da Barequeçaba, em São Sebastião, preocupa moradores e prefeitura

Tamoios News

O morro de Barequeçaba, na costa sul de São Sebastião, teve uma movimentação natural, nesta terça(4), possivelmente, devido as chuvas de ontem, causando novas fissuras e rachaduras em casas do bairro.

A informação foi dada pelo prefeito Felipe Augusto. Segundo ele, a movimentação da encosta, teria causado estalos, trincas e rachaduras nas casas.

A defesa civil teria feito nova vistoria no local nesta terça. Os moradores que vivem no local teriam sido alertados dos riscos de permanecerem na área.

A prefeitura embargou e desocupou 43 casas, que ficam nas encostas do morro de Barequeçaba, no dia 20 de maio, após as fortes chuvas que atingiram a cidade.

Na ocasião, a prefeitura registrou 264 milímetros de chuva no município, nos últimos três dias, um volume de chuvas de todo um mês.

Na ocasião, a prefeitura interditou casas situadas nas ruas Genciano Felipe Bueno e Casemiro de Abreu, onde segundo, o prefeito, as casas apresentavam fissuras de até 30 centímetros nas paredes, devido a movimentação do morro.

“A defesa civil fará nova avaliação no local, mas a situação é crítica”, disse prefeito, nesta terça(4). Segundo ele, As casas interditadas não devem ser reocupadas.

Felipe Augusto disse que busca alternativas para os moradores que tiveram suas casas interditadas. A cozinheira Jussara Souza, que deixou sua casa após a interdição da prefeitura, está alojada na casa do irmão, na Praia Preta.

Ela vivia há 16 anos no local, mas sempre desconheceu que se tratava de uma área de risco. Jussara mora na Rua Genciano Felipe Bueno, numa casa de um quarto, sala e cozinha.

“Estou aguardando informações da prefeitura para saber se posso ou não voltar para a minha casa. Tenho esperança de com o passar da chuva possa retornar para a minha casa”, comentou.

Felipe Augusto contou que está fazendo tudo o que pode para ajudar os moradores. “Queremos ajudá-los, dar uma nova opção para eles, o local ainda oferece muito risco. O ideal é demolir as casas e oferecer novas opções aos moradores”, afirmou.

O prefeito explicou, que além do Bolsa Auxilio Aluguel, projeto de sua autoria aprovado pela câmara, que permite a prefeitura pagar o aluguel para os moradores das casas interditadas por seis meses, renovável por mais seis meses, também, busca apoio e recursos dos governos estadual e federal.

“Conseguimos que a Defesa Civil o Estado homologasse o estado de emergência que decretamos na cidade, devido as fortes chuvas, agora estamos indo até Brasília para que a Defesa Civil Federal também homologue o decreto. Com isso, conseguiremos que a CEF(Caixa Econômica Federal)  libere os recursos do fundo de garantia dos moradores para que eles possam construir ou comprar outro imóvel”, adiantou.

Felipe Augusto adiantou ainda que já iniciou conversas com o CDHU(Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), para liberação de casas para as famílias que deixam as áreas de risco no município.