Polícia São Sebastião

Caso Lelo: Polícia aguarda laudos das operadoras e resultados da exumação para concluir as investigações

Tamoios News

A Polícia Civil de São Sebastião aguarda ainda a chegada dos laudos e documentos pelas operadoras de telefonia móvel e de Whatsapp para buscar novas informações e esclarecer em definitivo a morte do arquiteto Wesley Augusto Santana, o Lelo, de 39 anos, ocorrida no dia 6 de outubro.

A polícia também aguarda o resultado da exumação feita no corpo de Lelo, no dia 9 deste mês. Foram recolhidas amostras do estômago, parte do fígado, parte do coração, parte de um pulmão, que foram encaminhados ao setor de toxicologia, em São Paulo, para análise. Também foram retirados dois dentes e um pedaço de osso como amostra para eventual exame de DNA.

O delegado Dr. Vanderlei Pagliarini que coordena as investigações disse acreditar que com os laudos e documentos solicitados às operadoras de telefonia e whatsapp e também, com os resultados da análises nos restos mortais feitos pelos legistas poderá obter informações importantes para esclarecer a morte de Lelo.

O principal suspeito do crime, Robson de Souza, o Kero-Kero, permanece preso em uma das celas da Delegacia de Caraguá. Kero-Kero teve sua prisão temporária decretada pela Justiça de São Sebastião no dia 6 deste mês.

A polícia chegou até Souza através de imagens de câmeras de monitoramento, dois dias após o crime. Segundo o delegado, nas imagens, foi possível ver o carro pertencente ao indiciado se aproximando do local do crime por volta das 22h20, permanecendo estacionado nas proximidades do prédio do Fórum, de onde se retira às 2h35 do dia 6, o dia da morte da vítima.

Pagliarini informou ainda que a câmera de uma residência captou a imagem de um homem descendo um barranco no terreno vizinho à casa da vítima por volta de 2h25 e que às 2h35 o carro pertencente ao indiciado deixa o local pela contramão.

O carro de Souza foi localizado posteriormente em uma oficina de Caraguá. O carro apreendido e periciado, com a utilização de reagente Luminol para tentar identificar manchas de sangue da vítima.

Outra peça importante para a polícia foi a apreensão do celular de Souza. O aparelho foi apreendido no dia 8, quando o suspeito foi interrogado pela primeira vez. Na ocasião, Souza teria alegado que o aparelho sofreu uma queda e que os arquivos foram prejudicados.

O delegado encaminhou o celular para a Polícia Federal e parte dos arquivos foi recuperado. Segundo Pagliarini, a análise dos arquivos demonstra claramente a participação dele no crime.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Robson de Souza.

Crime

Segundo informações dadas pela sua mulher à polícia, teria havido uma agitação e muito barulho, naquela madrugada, do dia 6 de outubro, na parte inferior da família, local onde Lelo se encontrava no momento do crime.O crime ocorreu,  por volta das 3h30 da madrugada de sábado, quando Lelo teria retornado de um barzinho.

A mulher assustada com o barulho teria pedido ajuda aos vizinhos. Um dos vizinhos teria ido até o local e encontrou o arquiteto, bastante ferido, em um sofá.

Lelo, que trajava apenas uma cueca, de cor branca, estava com a cabeça caída sobre um dos “braços” de madeira do sofá. Havia muito sangue espalhado pelo local. Imediatamente, o vizinho teria acionado o resgate e a Polícia Militar.

O arquiteto chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu, quando estaria sendo removido para o Hospital de Clínicas de São Sebastião.

A polícia civil constatou que foram levados da casa dois celulares e uma arma calibre 380, que era de propriedade da vítima. Nada mais teria sido levado.

Foi constado pelo IC(Instituto de Criminalística) que uma porta lateral da cozinha, havia sido forçada. Por essa porta, podem tem adentrado à residência os possíveis autores do crime.

O IC também descartou a hipótese de que o arquiteto tenha sido morto a tiros. Na sala onde Lelo foi morto, não foram encontradas cápsulas de armas de fogo.

A polícia não encontrou nenhuma testemunha, que percebeu ou viu a movimentação de pessoas estranhas nas proximidades da casa do arquiteto, durante a madrugada em que ocorreu o crime.

Lelo ocupava o cargo de chefe de seção de Obras Particulares na Secretaria de Obras da Prefeitura de São Sebastião. Ele também foi policial militar na cidade até 2008.

 

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