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Polícia suspeita que assassino contou com ajuda de outras pessoas no dia que executou Peron

Tamoios News
Peron era bem relacionado e muito conhecido na cidade

A polícia civil de Caraguá continua ainda sem pistas do homem que executou o empresário Joasir José Peron, de 41 anos, na semana passada.

Peron foi morto na terça(30), às 7h30, quando tomava café da manhã em sua Churrascaria e Pousada Peron II, localizada na avenida Rio Branco, uma das mais movimentadas da cidade.

Ele foi morto por um homem, que chegou de moto ao estabelecimento, estacionou e entrou no local, sem tirar o capacete e desferiu três tiros no empresário, que morreu na hora.

As investigações estão sendo coordenadas pelo delegado titular da cidade, Tadeu de Castro. Uma semana após o crime, a polícia ainda não localizou a moto e nem informações precisas que levem ao autor dos disparos e do possível mandante.

Para a polícia, Peron foi executado. Os três tiros, desferidos de  uma arma 357, foram efetuados a “queima roupa”, mas o motivo ainda não se sabe.

Peron atuava em várias áreas: além da pousada e churrascaria, comercializava imóveis e carros e ainda emprestava dinheiro às pessoas. O empresário tinha envolvimento com políticos.

Segundo informações obtidas com a polícia, existem várias linhas de investigação, mas a principal delas, seria que Peron teria sido executado por vingança, possivelmente, por alguém que devia dinheiro para ele.

A polícia suspeita, também, que o homem que executou Peron teria contado com a ajuda de outras pessoas, que monitoravam o empresário no dia de sua morte. Pessoas que estariam no estabelecimento ou próximo dele, que teriam avisado o autor dos disparos.

Através das imagens obtidas por câmeras de monitoramento de comércios vizinhos à churrascaria, a polícia tenta encontrar pessoas que tiveram possível envolvimento no crime e novas pistas.

Um dos objetivos da polícia é localizar a motocicleta utilizada no crime, uma moto Honda, de 300 cilindradas, dourada, com algumas características especiais e a partir dela, localizar e prender o executor e depois, descobrir quem mandou matar e porque o empresário foi morto.

A polícia aguarda ainda a liberação das conversas e mensagens contidas no aparelho celular de Peron, cujo aparelho foi apreendido. Acredita-se, que através das conversas e mensagens, a polícia poderá encontrar possíveis pistas, que podem ajudar a esclarecer o caso.

Peron 

Churrascaria e Pousada Peron II local onde o empresário foi executado na terça(30)

O empresário, assassinado na terça(30), era casado e tinha quatro filhos. Sua esposa está no oitavo mês de gravidez. Peron era uma pessoa muito conhecida na cidade.

Peron era natural de Caparena, no Paraná. Ele não tinha passagens pela polícia. Em 2005, em Santa Rita do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, seu nome apareceu em um inquérito sobre receptação e adulteração de um veículo, mas a ocorrência não se transformou em processo.

Em Caraguá, cidade em que mora há alguns anos, tornou-se empresário e comerciante, com sua churrascaria e pousada Peron,  instalados no bairro do Poiares. Atuava também no comércio informal de imóveis e carros. Segundo consta, ele emprestava dinheiro às pessoas.

Ele tinha envolvimento na política local, era amigo de vereadores e secretários municipais. Peron também atuava no ramo de shows nas cidades da região. Esteve envolvido em um festival de verão em Caraguá e em um carnaval em São Luiz do Paraitinga.

Sua pousada e churrascaria, alojou e alimentou, na temporada 2017/2018,  os policiais militares do reforço de verão, enviado pelo estado.

Na cidade, nos últimos dois dias, o assunto tem sido um só: porque mataram o Peron? O assassinato do empresário assustou os moradores da cidade. O crime e sua motivação ainda estão sendo apurados pela polícia.

Crime

A morte de Peron foi cruel e premeditada. Segundo suspeita a polícia, ele foi executado por um matador profissional, frio e calculista.

O empresário, como fazia todas as manhã, entre 7 e 7h30, sentava em uma mesa da churrascaria, que fica de frente à avenida Rio Branco, uma das principais do Poiares, para tomar seu café da manhã, acompanhando o noticiário na Tv.

Naquela manhã de terça, um motociclista passou em frente a sua churrascaria, usava uma moto Honda, 300 cilindradas, dourada, sem placas, em seguida, retornou e parou em frente ao estabelecimento.

O motociclista, sem tirar o capacete, entrou na churrascaria, passou por Peron, parou e desferiu três tiros a queima roupa.

O empresário não esboçou qualquer reação e nem poderia. Ele não percebeu a ação do criminoso, que atirou a queima roupa, com arma apontada para o lado direito de sua cabeça.

Atingido pelos disparos, Peron se inclinou sobre a parede da janela, já sem vida. O motociclista deixou o local, subiu na moto, atravessou o canteiro central da avenida e seguiu em direção ao bairro do Tinga.

O empresário sempre usava um chapéu para esconder sua calvice precoce. O chapéu que ele usava foi encontrado caído, próximo ao corpo, chamuscado e com uma perfuração.

Os funcionários do estabelecimento acionaram o SAMU(Serviço Móvel de Urgência), mas o empresário já estava morto.

Os tiros, efetuados muito próximo a cabeça do empresário, abriram um buraco no lado direito da cabeça dele.  A perícia no IML(Instituto Médico Legal) não soube informar se Peron levou um ou mais tiros por causa do enorme ferimento causados pelos disparos em sua cabeça.

A polícia localizou três projéteis de uma arma calibre 38 no local do crime. Suspeita-se que ele foi atingido por um revólver 38 ou uma pistola 357.

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