A audiência teve como objetivo discutir a implantação do plano nacional de resíduos na cidade
Secretário do meio ambiente afirmou que contrato de lixo é um dos maiores do município
Por Raell Nunes, de Ubatuba
Os resíduos sólidos, termo usado para definir o lixo sólido ou semi-sólido, representam tudo o que é produzido e descartado pelas residências, fábricas, comércio, serviços de limpeza urbana e agricultura. O aumento da produção nos últimos tempos é uma preocupação global e tem gerado discussões e a busca por alternativas mais sustentáveis.
Para minimizar esses problemas, o Governo Federal criou o PNRS (Plano Nacional de Resíduos Sólidos) e o município de Ubatuba está se mobilizando para se adequar à lei. Nesta semana, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente promoveu uma audiência pública para apresentar o relatório de implantação na cidade.
O evento aconteceu na Câmara Municipal, com a presença de dezenas de pessoas, e contou com a parceria da empresa Terra Melhor – Inovação e Sustentabilidade, e também da Sanepav.
Responsáveis pelo projeto falaram sobre as questões do lixo na cidade, assim como as mudanças na política de resíduos, que são decorrentes da modificação de legislação, em vigor desde 2015.
O secretário do meio ambiente, Juan Blanco Prada, disse que a prefeitura, com a implantação da política nacional de resíduos sólidos, tem uma série de obrigações. Para ele, é primordial uma transformação na forma em que o lixo é tratado.
“Sempre propomos a participação social. Nós tivemos um processo de mais de 20 reuniões. O contrato do lixo é um dos maiores do município, é um custo alto. Tentamos fazer um trabalho de compreensão do que são e como são os resíduos do município. Assim, podemos saber qual tipo de investimento tecnológico necessário”, acrescentou.
O coordenador do projeto Brasil Alemanha, Marcelo Patrão, da prefeitura de Jundiaí – SP, explicou sobre a situação em sua cidade. Segundo ele, Jundiaí promoveu uma pesquisa em relação à temática para poder se adequar a política nacional.
“Fomos buscar conhecimento na Alemanha, onde eles têm tecnologia de alto nível para tratamento de despejo. Conseguimos uma parceria com a universidade de Braunschweig. Hoje, o passo que Ubatuba está dando de querer se desenvolver, de buscar novas tecnologias e parcerias nesse sentido, é muito importante”, completou.
Já a representante da empresa Terra Melhor – Inovação e sustentabilidade, Cristina Dias Pereira, falou sobre a problemática referente aos resíduos no país. “O Brasil é virgem tecnologicamente. Tecnologia para nós são aterros onde empurramos lixo e cobrimos com terra”, concluiu.
