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Sindserv Consegue Apoio da Câmara Após Dia de Manifestação

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Marcello Veríssimo
Marcello Veríssimo

Sessão na semana que vem promete definir data para o pagamento

Sindicato paralisa sessão e faz Câmara intermediar embate entre prefeitura e servidores

Por Marcello Veríssimo

O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Sebastião conseguiu, na sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (11), que os vereadores “assumam compromisso” para exigir da prefeitura esclarecimentos para o fato de não ter feito o pagamento da segunda parcela dos 15,63%, referente ao acumulado da inflação nos últimos dois anos. A categoria só recebeu uma parte do valor (6,28%). De acordo com o sindicato, ainda faltam 9,35%. O dia de manifesto dos servidores começou por volta de 7h da manhã e terminou na noite desta terça.

Com lotação máxima dentro e fora da Câmara, a pauta do dia foi retirada para que a presidente do Sindserv, Audrei Guatura, lembrasse que “O que nós queremos é o que é nosso por direito. A luta por esse dissídio vem desde o ano passado. Foram várias tentativas de negociação. O sindicato foi recebido pela administração, que foi muito gentil, muito cortês, mas não é o bastante”, disse Audrey.

Esse embate entre funcionários e governo municipais aparentemente ainda não terminou. A prefeitura concedeu, em sessão do dia 19 de maio, 6. 28%. “Obviamente a categoria acatou, porém, deixou bem claro que luta pelos 9.35% restantes. Aceitamos, mas como todo mundo sabe não é nem metade do que a administração nos deve”, completou Audrey, que falou por aproximadamente 30 minutos antes do debate ser aberto aos parlamentares. “Não dá mais para ficar esperando, não dá mais para ouvirmos justificativas como o Iptu da Petrobras. A situação não poderia ter alcançado esse ponto”, completou. “Dos R$ 80 milhões devidos pela Petrobras, o município terá acesso a R$ 56 milhões. A categoria não aguenta mais conversar. Acho que isso é mais que o suficiente para resolver o problema de toda categoria e ainda sobrar um troco”, disse a presidente do Sindserv. “Nossa intenção não é causar tumulto, é ter nosso problema resolvido. A categoria merece e exige uma resposta”, destacou.

 

O apelo da servidora pública ecoou pelo plenário. Antes de a sessão ser esvaziada, foi decidido que na próxima semana, na sessão do dia 18, deve ser lido requerimento destinado ao prefeito reivindicando uma data para efetuar o pagamento atrasado.

Até isso acontecer, a participação do vereador Gleivison Gaspar foi essencial. O parlamentar conduziu o debate para os aspectos práticos, buscando alguma resolução, e afirmou que “dividir essa responsabilidade com a Câmara é obvio, pois nós somos representantes da população, somos a parte mais próxima dela”, disse Gaspar, que afirmou ainda ser necessário “cobrar a base do governo na Câmara. Os vereadores que defendem a administração têm que se comprometer a fazer algo agora”.

O vereador Ernaninho rebateu: “Não tem motivos para fugirmos da responsabilidade. Não precisava chegar a esse ponto, mas infelizmente chegou. Outros prefeitos virão, outros problemas virão”, completou Ernaninho, que disse que cobrará o prefeito sobre o assunto. O vereador Reinaldinho Moreira afirmou que essa demanda é de todos os vereadores. “Faço minha mea culpa, mas estou nessa sendo oposição ou situação”.

 

Gleivison Gaspar ressaltou ainda a importância de deixar tudo às claras. “Tudo que dissermos aqui hoje vai ficar lindo, muito bonito, mas como servidor de ordem prática nada vai ficar resolvido. Tem aqui 12 vereadores; destes 12, tem uma base que sustenta a administração. Aproveite a chance de nominar as responsabilidades para ter de quem cobrar depois”, reivindicou Gaspar, bastante aplaudido.

 

O vereador Onofre Neto também se comprometeu a resolver o problema. “Como servidores nós temos de estar empenhados nisso, tem meu total apoio”.

Apesar do bom resultado, a servidora Luciana dos Santos disse que seu “ponto de interrogação” continua. “Os vereadores estão começando a nos entender, não como arruaceiros, mas como servidores públicos concursados. Queremos a garantia que nosso salário seja respeitado”, disse a servidora.

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