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Vereadores de Ilhabela negam envolvimento com empresário preso na Operação Prelúdio II

Tamoios News
Polícia Federal na Câmara da Ilha

A Polícia Federal esteve na Câmara Municipal de Ilhabela na terça(14) cumprindo mandados judiciais em mais uma fase da Operação Prelúdio II. Os policiais federais estiveram no gabinete de três vereadores. No gabinete do presidente da casa, Marquinhos Guti, nada foi levado, mas vários documentos foram apreendidos no gabinete do vereador Gabriel Rocha e levaram documentos, HD de computador e notebook do gabinete do Vereador Cleison Guarubela para averiguações.

Segundo o delegado federal Carlos Roberto Almeida, os policiais estiveram na Câmara, porque na Operação Prelúdio I teriam sido encontradas algumas anotações envolvendo alguns vereadores, que supostamente teriam recebido propina para que o empresário preso na operação desta terça tivesse sua vida facilitada na prefeitura.

O delegado não citou nomes. Informou apenas que a investigação pretende apurar o possível envolvimento de vereadores com o empresário preso. A investigação, segundo ele, ainda está em sua fase inicial. O delegado disse que precisa de mais tempo para analisar o material apreendido nos gabinetes dos vereadores e esclarecer se existe alguma ligação entre os parlamentares investigados e o empresário preso.

Em sua entrevista coletiva, o delegado Carlos Roberto Almeida explicou aos jornalistas presentes que não foi solicitado o afastamento dos vereadores e nem a prisão deles. Na operação, foram afastados de suas funções públicas Márcio Tenório e os secretários da Saúde e Assuntos Jurídicos e outros três três servidores da prefeitura.

Vereadores

O presidente da Câmara, Marquinhos Guti, foi quem informou os gabinetes visitados pela Polícia Federal na terça(14). Guti, com muita tranquilidade, destacou o que teria ocorrido, inclusive em entrevistas concedidas à vários veículos de comunicação.

Segundo ele, as buscas e apreensões na câmara se referem a operação Prelúdio de 2017. Segundo ele, não teria havido a solicitação do afastamento de nenhum vereador. “Levaram documentos para averiguação”, apenas isso”, comentou Guti. Segundo ele, um funcionário da Câmara também estaria sendo investigado, mas não citou o nome dele.

O vereador Gabriel Rocha, através das redes sociais, explicou que trata-se de uma investigação preliminar e que está colaborando de maneira transparente e participativa. “Recebi a visita da polícia federal, deixando todos os documentos à disposição. Foram levados alguns documentos”, comentou.

O vereador Cleison Guarubela, que encontra-se licenciado e hospitalizado, enviou uma nota ao Tamoios News. Guarubela negou qualquer relação ou envolvimento com o empresário preso pela PF na terça(14).

“Devido às acusações perante minha pessoa quero deixar bem claro que não tenho e nunca tive nenhum envolvimento com a empresa Peralta e nem com a empresa Negreiros. Essas notícias são infundadas e sem nenhuma prova e jamais recebi nenhuma propina de empresas, irei tomar as devidas providências sobre minha imagem”, afirmou.

Operação Prelúdio II

A Operação Prelúdio II deflagrada, na terça(14), em Ilhabela, São Sebastião e Caraguá, pela Polícia Federal, afastou o prefeito Márcio Tenório do cargo e outros quatro funcionários da prefeitura da ilha, abriu investigações sobre dois vereadores da cidade e  prendeu três pessoas, em Ilhabela, Caraguá e São Sebastião. Um total de 90 policiais federais de São Sebastião, Campinas, Santo André e Santos cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão e seis mandados de afastamento de função pública.  Foram presos o empresário Adriano Pereira, uma empresária de Caraguá e um policial militar de São Sebastião. Foram afastados de suas funções públicas o prefeito Márcio Tenório; o secretário de Saúde, Oswaldo Julião; o secretário de Assuntos Jurídicos, Vinicius Julião e outros três funcionários da Prefeitura de Ilhabela.

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