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Os melhores goleiros do Brasil em todos os tempos

Tamoios News
Foto: AFP

Assim, de pronto, apontar os melhores goleiros do Brasil em todos os tempos, não é tarefa das mais simples. São muitos e em diferentes épocas, de modo que se ter muito critério e respeito é fundamental. O goleiro é aquele sujeito que vai do céu ao inferno em duas jogadas e, não raro, será lembrado pela jogada que o levou ao inferno. São muitos os goleiros que se destacaram no futebol tupiniquim e aqui vamos obedecer a um critério, como se clicando em um nome nos depararmos com um momento específico da história, uma antecipação digital via futebol.com, um endereço para a história.

Moacyr Barbosa Nascimento, o Barbosa que se consagrou no Vasco da Gama e jogou pela seleção brasileira entre 1949 e 1953, é um destes goleiros que conheceu o inferno como nenhum outro. Responsabilizado pelo gol uruguaio que deixou mudo um Maracanã de duzentos mil torcedores, na Copa do Mundo em 1950, Barbosa foi, acima de tudo, um bravo. Lutou contra a pecha de frangueiro a vida inteira, sofreu de depressão por conta disso, mas foram vinte e dois anos como profissional, quatorze deles (em duas passagens) pelo clube cruzmaltino. Uma lenda injustiçada.

Gilmar dos Santos Neves jogou profissionalmente por longos vinte e quatro anos. Foram apenas três clubes entre 1945 e 1969, Jabaquara, Corinthians e Santos. Defendeu a seleção durante dezesseis anos (1953/1969), sendo o único goleiro bicampeão mundial (1958 e 1962) pela canarinho. Gilmar foi campeão de tudo, paulista, brasileiro, Libertadores, bimundial pelo Santos. Único brasileiro entre os vinte melhores goleiros do século XX, segundo a IFFHS.

O paulista de Ribeirão Preto, Émerson Leão, começou sua longa carreira como profissional de futebol em 1967, jogando pelo Comercial daquela cidade. Destacando-se no clube do interior, transferiu-se em 1968 para o Palmeiras, clube no qual jogaria até 1978. Depois viriam Vasco, Grêmio, Corinthians, novamente o Palmeiras (1984/1986) e, finalmente, o Sport Recife, time no qual encerraria sua carreira. Pela seleção, jogou entre 1970 e 1986, sendo titular na copa de 1974, participou dos selecionados de 1970, 1978 e 1986. Polêmico, muitas vezes, agressivo, nunca se furtou a deixar bem clara sua posição de comandante, fosse como jogador ou técnico, Chegou a barrar o goleiro Taffarel, em 1997, quando treinava o Atlético Mineiro.

E por falar em Taffarel, quem não se lembra do bordão “sai que é sua…”. O gaúcho de Santa Rosa, Cláudio Taffarel (1966), começou nas divisões de base do Internacional, onde se profissionalizou em 1985, lá permanecendo até 1990. Seguiu para o futebol italiano onde jogou pelo Parma e pelo Reggiana. Voltaria a atuar pelo Parma em 2001, clube no qual encerraria a carreira de dezoito anos em 2003. Nesse meio tempo jogou pelo Atlético Mineiro e pelo Galatasaray da Turquia. Pelo selecionado brasileiro, jogou as copas de 1990, 1994 (tetra) e 1998. É o atual treinador de goleiros da seleção.

Nelson de Jesus da Silva, o Dida (1973), notabilizou-se como pegador de pênaltis. Jogou profissionalmente por vinte e três anos, defendendo clubes como Cruzeiro, Corinthians e Internacional, time no qual deu término à longa carreira. Mas foi pelo Milan da Itália que fez história e uma longa carreira entre 1999 e 2010. Dida sempre foi um goleiro muito seguro e tranquilo, nada espalhafatoso e dono de um senso de colocação singular, chamava a atenção pelo estilo centrado.

“São Marcos”, era deste modo que imprensa especializada e torcedores se referiam a Marcos Roberto Silveira Reis. O pentacampeão (2002) mundial pelo Brasil jogou praticamente toda a sua carreira no Palmeiras (1992/2012), antes, de 1990 a 1992, atuou pelo Lençoense. Marcos é daquela estirpe que transcende os muros do clube e angaria admiração entre torcedores de outras agremiações.

Assim como Dida e Marcos, Rogério Ceni nasceu em 1973, na cidade de Pato Branco (PR), e começou sua carreira no Sinop do Mato Grosso. Naquele mesmo ano, 1990, veio para o São Paulo, onde faria toda a sua trajetória profissional, encerrada em 2015. Entre 1996 e 2006, foi convocado sucessivas vezes para a seleção, contudo nunca foi titular absoluto. Leal ao São Paulo, notabilizou-se pelos 131 gols marcados entre pênaltis e faltas, tornando-se o maior goleiro artilheiro de todos os tempos no mundo.

Não se trata de um ranking. Longe disso, a lista de extraordinários goleiros poderia ser bem maior. Em seus clubes ou atuando pela seleção, todos eles foram geniais, todos foram alçados ao panteão dos melhores por suas performances irretocáveis ao longo de décadas, todos avaliados com rigor e paixão.