Brasil Lava Jato

Temer e Moreira Franco ficarão detidos em unidade prisional da PM

Tamoios News

O ex-presidente da República Michel Temer deixou por volta das 15h45 de hoje (21), o posto da Policial Federal no terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos – Governador André Franco Montoro. Ele estava escoltado por policiais federais.

O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco, presos hoje (21), em um desdobramento da Operação Lava Jato, ficarão detidos em uma cela especial da Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Temer chegou ao aeroporto por volta das 12h15 e ficou no posto da Polícia Federal dentro do aeroporto. A expectativa é que ele embarque para o Rio de Janeiro. O advogado do presidente se reuniu com ele.O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco, foram presos nesta quinta-feira em mais um desdobramento da Operação Lava Jato. Eles deverão ficar detidos em uma cela especial da Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
O ex-presidente Michel Temer foi preso preventivamente, em São Paulo. A Polícia Federal (PF) levou Temer para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde segue para o Rio de Janeiro.

Ordem judicial

A determinação é do juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal, atendendo um pedido da Força Tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal. Os procuradores alegaram que, por ser ex-presidente da República, Michel Temer tem direito a tratamento especial, assim como Moreira Franco, que foi ministro até dezembro de 2018.

O coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, também terá direito a cela especial no Estado Maior da PM, em Niterói. Segundo o MPF, o coronel, amigo pessoal de Temer, é o operador do esquema de corrupção chefiado pelo ex-presidente.

Michel Temer foi preso em casa, em São Paulo, e Moreira Franco, ao desembarcar no Aeroporto Internacional Galeão -Tom Jobim, no Rio de Janeiro.

O ex-presidente e o ex-ministro são acusados de receber cerca de R$ 1 milhão em propina em meio a obras relacionadas à Usina de Angra Três, por meio de empresas de fachada, e lavagem de dinheiro. A pedido da força-tarefa da Lava Jato, a Justiça Federal determinou a prisão preventiva de mais sete pessoas.

Defesa de Temer diz que prisão não tem fundamentos

O advogado do ex-presidente, Michel Temer, Eduardo Carnelós, disse hoje (21), por meio de nota, que a prisão de Temer não tem fundamentos. Segundo o defensor, não existem provas de que ele teria participado do esquema de propinas nas obras da Usina Nuclear de Angra 3, conforme afirma o Ministério Público Federal.

“Resta evidente a total falta de fundamento para a prisão decretada, a qual serve apenas à exibição do ex-presidente como troféu aos que, a pretexto de combater a corrupção, escarnecem das regras básicas inscritas na Constituição da República e na legislação ordinária”, diz o comunicado.

Para Carnelós, a prisão está baseada apenas em depoimento de um delator, sem comprovação. “Os fatos objeto da investigação foram relatados por delator, e remontam ao longínquo 1° semestre de 2014. Dos termos da própria decisão que determinou a prisão, extrai-se a inexistência de nenhum elemento de prova comprobatório da palavra do delator, sendo certo que este próprio nada apresentou que pudesse autorizar a ingerência de Temer naqueles fatos”.

O defensor disse que a prisão é um dos “mais graves atentados ao Estado Democrático e de Direito no Brasil”.

Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil/ São Paulo

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