Reportagem constatou que pedras com cerca de 50 centímetros estão indo para a água da praia
Por Raell Nunes
Depois de um mês, uma obra na badalada Praia Vermelha do Centro, em Ubatuba, ainda está dando o que falar na região. Isso porque os escombros de um muro ainda continuam invadindo o mar.
À época do acontecido, a Associação dos Proprietários e Amigos da Praia Vermelha do Centro (AVDC) informou que o “descaso ambiental” foi por causa das condições climáticas do mês de outubro, no qual derrubou o muro da residência na areia.
O caso repercutiu na sociedade ubatubense e muito mais nas redes sociais. Diversos comentários condenavam a ação como um “crime contra o meio ambiente”. A reportagem voltou ao local nesta segunda-feira (4) e constatou trabalhadores retirando alguns entulhos. No entanto, a situação ainda impressiona.
Conforme depoimentos de pessoas que circulavam nas proximidades do lugar, a conjuntura da ocorrência continua chocando e deve ser solucionado o mais breve possível. As árvores afetadas pela a ação contra-ambiental até agora estão jogadas na areia da praia.
“A gente viu umas máquinas aí esses dias. Funcionários cercaram tudo aí com fita amarela e madeira. Só que ainda não está tudo resolvido, acho que demorou demais para acontecer aqui. Tem muita terra, muita pedra, se for para o mar prejudica os animais”, relata Ernesto Gomes, 38.
A reportagem constatou que pedras com cerca de 50 centímetros estão indo para a água da praia. Árvores foram podadas e uma barreira feita com sacos de areia para conter deslizamentos foi removida das imediações. Segundo a AVDC, apenas parte dos entulhos foi retirado do lugar.
“Tem que retirar tudo. Não pode só disfarçar. Espero que não joguem terra por cima e achem que esteja tudo ok. A praia, com certeza, não será mais a mesma depois disso. Semana passada deu um sol maravilhoso e ninguém quis ficar desse lado”, diz Marta Duarte, 46.
Outro fato curioso, que envolve a mesma residência na qual o muro caiu na região de lazer da praia, é um córrego que contém água poluída e pode estar indo ao mar devido à forte correnteza. Algo semelhante acontece na Praia da Fortaleza, região sul do município.