Meio Ambiente

Com visita mais frequente de animais marinhos no litoral, Instituto Argonauta dá dicas de segurança sobre o assunto

Tamoios News
Divulgação/Instituto Argonauta

Divulgação/Instituto Argonauta

Durante monitoramento do instituto, um grupo de orcas foi visto em Ilhabela

 

O Litoral Norte tem registrado este ano várias passagens de baleias. A mais recente ocorreu em Ilhabela, onde um pequeno grupo de orcas foi avistado no último dia 20 de agosto, durante o Projeto de Monitoramento das Praias (PMP-BS), executado pelo Instituto Argonauta.

A embarcação, que havia desligado o motor quando avistou o grupo, percebeu a aproximação de um dos mamíferos e conseguiu registrar de perto o animal. Conforme explicou o instituto, esses animais se encontram em todo o oceano, tanto em águas mais profundas quanto nas costeiras.

Segundo o biólogo marinho do Argonauta, Danilo Camba, tem sido comum o relato destes animais no litoral. “O que antigamente demorava dez anos para se repetir, agora tem se tornado frequente. Todos os anos temos relatos de avistamento desta espécie”, afirmou Camba.

De acordo com o Instituto Argonauta, para a segurança de pessoas e das baleias deve ser respeitado pelos navegantes e mergulhadores o disposto na Portaria Ibama N° 117, 26 de Dezembro de 1996.

No documento há algumas proibições como aproximar-se de qualquer espécie de baleia (cetáceos da Ordem Mysticeti), ou Cachalote, Physeter macrocephalus e orca (Orcinus orca), com motor ligado a menos de cem metros de distancia do animal mais próximo. Assim como religar o motor antes de avistar claramente a baleia na superfície ou a uma distancia de, no mínimo, de 50 metros da embarcação;

Também está vetado perseguir, com motor ligado, qualquer baleia por mais de 30 minutos, ainda que respeitadas as distâncias supraestipuladas; interromper o curso de deslocamento de cetáceo de qualquer espécie ou tentar alterar ou dirigir esse curso; penetrar intencionalmente em grupos de cetáceos de qualquer espécie, dividindo-os ou dispersando-os; produzir ruídos excessivos além daqueles gerados pela operação normal da embarcação, a menos de 300 metros de qualquer cetáceo.

Por fim, também é proibido despejar qualquer tipo de detrito, substância ou material a menos de 500 metros de qualquer cetáceo observado as demais proibições de despejos de poluentes em Lei; e a prática de mergulho ou natação, com ou sem auxilio de equipamentos, a uma distância inferior a 50 metros de baleia de qualquer espécie.

Monitoramento – O PMP-BS consiste em uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama e coordenado pela Univali.

O Instituto Argonauta é uma organização não governamental sem fins lucrativos, fundada em julho de 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba. Foi criado para incentivar a obtenção de recursos para projetos de pesquisas voltadas para a preservação dos ambientes costeiros e marinhos, responsável pela área correspondente ao litoral norte. Tornou-se uma OSCIP em 2007.

A equipe do Instituto Argonauta recomenda que ao encontrar um animal marinho debilitado, o ideal é não se aproximar, pois, dependendo da espécie, o mesmo pode se tornar agressivo caso se sinta ameaçado. Caso aviste um animal marinho, vivo ou morto ligue: 0800 642 3341 ou pelo WhatsApp (12) 997359167.

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