Instituto Argonauta aponta a importância de exames em animais mortos para pesquisar as causas que vão de afogamento à condições ambientais
Por Adriana Coutinho
Um golfinho jovem, macho da espécie sotália guianensis, mais conhecido por boto cinza, com 39 quilos e 1,48 metros foi encontrado já sem vida na praia do Massaguaçu, em Caraguatatuba, nessa terça-feira (20). Recolhido pelo Instituto Argonauta, o cetáceo foi levado para a sede da instituição e os resultados dos exames apontaram afogamento.
Segundo Carla Beatriz Barbosa, bióloga e coordenadora do instituto, apesar do golfinho não apontar marcas de ferimentos recentes pelo corpo devido a possíveis interações com pesca, a causa é suspeita de afogamento – “Sempre recolhemos os animais e os motivos das mortes são variados, desde interação com pesca que não deixou nenhuma evidência, afogamento e às vezes até morte natural”, comenta.
Ela reforça a importância de recolher os animais encontrados como forma de detectar o motivo da morte – “Sempre fazemos as necropsias e as coletas para diferentes análises, contaminantes, DNA, entre outros. Assim podemos atuar nas ações de proteção das espécies e também do ambiente”, finaliza a bióloga.
Pessoas que encontrarem animais marinhos devem entre em contato com os órgãos públicos de sua cidade e acionar o Instituto Argonauta pelos telefones: (12) 3833 4863 / 3833 5753.
Instituto Argonauta – O instituto atua na região há 18 anos e atualmente integra um grupo de instituições participantes do Projeto de Monitoramento de praias da Bacia de Santos – fase 1. O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal e das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos. O projeto é conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, coordenado pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI e executado pelo Instituto Argonauta no Litoral Norte do Estado de São Paulo.