Meio Ambiente São Sebastião

Verão: Juquehy lança Projeto Bituca Zero

Tamoios News

Ação visa reduzir presença de bitucas na areia da praia. Além de poluir, bitucas podem provocar a morte de aves e animais marinhos

Por Maria Jaislane  

A Sociedade Amigos de Juquehy (SAMJU), na costa sul de São Sebastião, está lançando o Projeto Bituca Zero.

A iniciativa pretende reduzir e acabar de vez com as bitucas de cigarro que são abandonadas nas areias da praia pelos fumantes.

Dois coletores específicos para armazenar as bitucas foram instaladas em um dos trechos da praia.

Os coletores foram instalados numa parceria com o Restaurante Badauê. A Samju pretende instalar outros coletores também em parceria com comerciantes do bairro.

A bituca é um resíduo poluente, não biodegradável e sem valor comercial, inviabilizando a coleta por parte de associações de catadores ou de pessoas que recolhem latinhas e garrafas pets nas areia das praias.

Segundo estudos, a bituca do cigarro pode conter mais de 4 mil substâncias químicas. Duas bitucas na água poluem o mesmo que um litro de esgoto, sendo consideradas microlixo tóxico.

Não jogar bituca na areia da praia não apenas mantém a praia mais limpa, mas evita a morte de animais como cetáceos, tartarugas, aves marinhas, golfinhos e peixes.

Estima-se que no Brasil sejam descartadas em torno de 200 milhões de bituca por dia. No verão, aumenta em muito o número de bitucas nas praias do Litoral Norte.

“Espero que as pessoas sejam mais conscientes e com os coletores evitem deixar as bitucas na areia da praia”, comentou a moradora Adriana Isaac. Ela elogiou a ação iniciada pela Samju.  

Os comerciantes ou empresas interessadas em patrocinar os coletores podem entrar em contato com a Samju.

A iniciativa surgiu nas praias catarinenses em 2016. E, fez muito sucesso. Lá o projeto ganhou o nome de “Praia Sem Bituca”. Numa das praia catarinenses, apenas no  reveillon foram recolhidas mais de 44 mil bitucas.   

Um dos principais diferenciais do projeto “Praia Sem Bituca”, realizado nas praias catarinenses é que lá as bitucas não são descartadas.

Os resíduos de cigarro são encaminhados para a geração de energia na produção de cimento. As bitucas passam por um procedimento chamado coprocessamento e são colocadas na produção de 

blending (mistura, em português), que vai ser usada nas fornalhas. Com seu valor colorífico, se transformam em energia, e substituem o carvão mineral. Fonte: Conexão Planeta      

 

 

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