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Baleia-jubarte é encontrada morta na Praia Vermelha do Centro em Ubatuba

Tamoios News
Foto: Instituto Argonauta

Uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) macho, juvenil, medindo cerca de 8,4 metros, foi encontrada morta pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta, na manhã de sexta-feira (29/10), na Praia Vermelha do Centro, em Ubatuba/SP, durante monitoramento de praias. O animal estava em estado avançado de decomposição, de modo que não é possível saber a causa de sua morte.

Foto: Instituto Argonauta

Enquanto a equipe aguardava a chegada da retroescavadeira da Prefeitura Municipal de Ubatuba para realizar o enterro da baleia, a maré deslocou o animal para o canto esquerdo da praia, conhecido como Saquinho, onde encalhou. Em razão disso, a equipe do Instituto Argonauta fez coleta de material para análises e fará o descarte ambientalmente correto do restante da carcaça, com apoio da equipe da Sanepav Saneamento Ambiental e da Secretaria de Obras da Prefeitura, segundo a bióloga Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do Trecho10 PMP-BS, que engloba os municípios do litoral Norte de São Paulo.

Foto: Instituto Argonauta

Trata-se da 13ª baleia-jubarte a encalhar no litoral Norte de São Paulo só neste ano, mais do que o triplo em relação a 2020, quando 4 animais encalharam na região. Em todo o Brasil, o número de encalhes de baleias da espécie também foi expressivo neste ano, segundo os dados do Projeto Baleia Jubarte. Foram 202 ocorrências, aumento de 187% em comparação ao ano passado, quando encalharam 70 indivíduos em toda a costa brasileira.

As razões para o aumento da mortalidade estão sendo estudadas, mas algumas hipóteses estão sendo levantadas pelos pesquisadores. De acordo com o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta, as mudanças climáticas já impactam a região antártica, com flutuações na disponibilidade de alimento das baleias-jubarte (que se alimentam principalmente de krill, uma espécie de crustáceo). “Outra hipótese são mudanças no padrão das correntes marítimas, que podem levar os animais a deslocamentos mais próximos à costa”, afirma Gallo.

Fonte: Instituto Argonauta