Locais em Ubatuba, como o Museu Washington de Oliveira, Igreja Matriz e a Escola Tancredo Neves foram pichados
Por Raell Nunes
O movimento “Lula Livre” chega ao Litoral Norte. Na semana passada, diversos prédios públicos de Ubatuba, e pontos da cidade, apareceram pichados com a frase: “Lula Livre”. A campanha em favor de Luiz Inácio Lula da Silva, começou quando o ex-presidente foi preso na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, em 7 de abril.
Locais como o Museu Washington de Oliveira, Igreja Matriz e a Escola Tancredo Neves tinham o ato de vandalismo. Por se tratar de uma frase de cunho político e referente ao ex-presidente do Brasil (preso na Lava-Jato), muitas opiniões contrárias a ação surgiram.
Caio Castelucci, morador de Ubatuba, analisa a situação dizendo que é uma falta de respeito e de vergonha na cara, pois defende a quem considera “o maior criminoso da república”.
“Pichar o Patrimônio Público é crime. A maioria das depredações do patrimônio público é a falta de consciência da população em não cuidar daquilo que é seu. Zelar é um dever de todos. Vamos fazer a diferença e ensinarmos para as gerações futuras as grandes conquistas de Ubatuba, e conservar aquilo que ficará para nossos netos”, alerta.
Para Fernando Almeida, também há falta de respeito nesses tipos de manifestação. “Vandalismo. Defensores do criminoso condenado. Sujaram o muro da Escola Tancredo que acabou de ser pintado”, conclui.
Em nota, a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (FundArt), que é responsável por patrimônios históricos e culturais da cidade, declarou que “se o patrimônio é público, significa que ele é nosso”.
A fundação ainda afirma que “ser nosso não significa fazer o que quisermos, mas aquilo que for permitido pelos acordos sociais, manifestos sob forma de leis”. A FundArt também informou que a equipe de manutenção se mobilizou e apagou as pichações.
Pichar o Patrimônio Público é crime, conforme a lei n° 12.408, de 25 de maio de 2011. A regra prevê prisão de três meses a um ano e mais multa. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa.
A reportagem procurou o diretório do Partido dos Trabalhadores, para saber a opinião da legenda sobre as pichações citando um de seus membros. Mas até o fechamento da matéria não houve resposta.
O reporter Raell Nunes foi muito infeliz ao dar esse título à REPORTAGEM. Independente de matiz politico, lamentável dar publicidade com fotos através desta reportagem, em que prédios e monumentos públicos são pichados, sem condenar ou lamentar essa prática feita por irresponsáveis que não têm compromisso com a população. Agora, as despesas para retirar a sujeira e repintar fica para população, utilizando recursos públicos que poderiam ser direcionados para a educação e saúde desses próprios pichadores irresponsáveis.