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Coleta seletiva reduz resíduo “exportado” e gera economia e renda em Caraguá

Tamoios News

Coleta seletiva cresce 400% em um ano na cidade, reduz carretas de lixo na estrada e aumenta em 70% renda dos cooperados

Por Salim Burihan

A Coleta Seletiva está completando um ano em Caraguá. O programa cresceu muito no município, a partir de agosto, que foi assumido pela prefeitura, através da Secretaria de meio Ambiente.

Até o início do ano passado, a coleta era feita por cooperativas da cidade, mas a partir de agosto, a Prefeitura assumiu a coleta seletiva.

A prefeitura fez uma licitação para contratar uma empresa, a Electra, que ficou responsável  pela coleta dos resíduos e fornecer as duas cooperativas, a Maranata e a Pegorelirecicla.

A partir de agosto de 2017, com esse novo sistema, a coleta seletiva cresceu cerca de 400% na cidade. Em agosto de 2017, os dois caminhões da Electra atendiam 300 ruas e avenidas. Hoje, um ano depois, são atendidos moradores de 1540 ruas e avenidas.

No início, em agosto do ano passado, eram coletadas diariamente, 20 toneladas de material reciclado. Hoje, são coletadas 80 toneladas por dia. O material mais coletado: papelão, papel, jornais, plásticos, vidro e borracha.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Marcel Giorgetti, que coordena o programa de coleta seletiva ao lado de Reinaldo Gomes, chefe de meio ambiente e Tatiana Soares Scian, diretora de projetos, a população aderiu de maneira surpreendente à reciclagem do lixo doméstico.

 

“O envolvimento dos moradores no programa tem gerado resultados importantes. Veja, reduzimos em cerca de 1.000 toneladas anuais o resíduo que o município encaminha para o aterro particular em Jambeiro e, isso, gera muita economia para a prefeitura”, destacou.

Segundo ele, essa redução na “exportação” dos resíduos, de 240 carretas para 150 carretas mensais, além de garantir economia para os cofres públicos, também, reduz o número de veículos pesados nas ruas da cidade e na rodovia dos Tamoios.

O aumento no número de moradores que aderiram a coleta seletiva, também fez aumentar a renda dos cooperados. “As cooperativas tiveram um aumento de 70% na renda de cada cooperado em um ano”, informou.

Coleta

A coleta é feita de segunda a sexta, em dois períodos, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, nos bairros do centro, norte e sul da cidade.

Às terças-feiras, das 17 às 22 horas, é feita a coleta nos grandes geradores, entre eles, supermercados, condomínios e shoppings.

A coleta é feita com dois caminhões, contendo cada um, motorista e dois coletores. O material recolhido é encaminhado às duas cooperativas, a Maranata, onde vivem da reciclagem, quinze pessoas; e, a Pegorelirecicla, que tem dez pessoas responsáveis pela separação e destinação dos resíduos.

O secretário explica que os moradores devem procurar armazenar na calçada o lixo reciclado nos dias e horários que os caminhões circulam pelas suas ruas ou avenidas.

Ele recomenda ainda, que o lixo reciclado seja armazenado em caixas de papelão ou em embalagens, de cor diferente da qual é armazenado o lixo comum.

“Isso facilita a coleta e, principalmente, evita que os caminhões da coleta do lixo normal recolham os resíduos reciclados pelos moradores, que são destinados as cooperativas”, detalhou.

Praias

Se a coleta seletiva é um sucesso surpreendente em Caraguá, sendo bem aceita por todos os moradores, independente de classe social ou bairro. O mesmo, não se pode dizer, infelizmente, da destinação do lixo produzido nas praias.

Não existem lixeiras nas praias da cidade. As poucas que existem ficam em frente aos quiosques, quase que, de uso exclusivo dos estabelecimentos.

Os banhistas reclamam e muito da falta de lixeiras nas praias. A maioria, faz questão de recolher o lixo produzido na praia, geralmente, sacos plásticos (salgadinhos) e garrafas plásticas de água ou de refrigerante, mas devido a falta de lixeiras, acabam levando o lixo para casa.

O turista de Campinas, Walter Silva, disse que, leva seu lixo produzido na praia para casa, mas o ideal, segundo ele, seria a prefeitura ou os quiosques instalarem lixeiras nas areias da praia.

Segundo ele, muita gente larga sacos plásticos e garrafas plásticas na areia porque não encontram as lixeiras.

O secretário disse que pretende conversar com o prefeito a respeito do assunto. Indagado a respeito da falta de apoio dos quiosques, na questão das lixeiras, o secretário não quis se manifestar a respeito.

A prefeitura deveria fazer uma parceria com os quiosques para que esses estabelecimentos se responsabilizassem pela instalação das lixeiras em vários trechos da praia.

 

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