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Morte de Júlia Rosemberg completa um mês e polícia segue sem pistas

Tamoios News
Morte de Júlia Rosemberg ocorreu no dia 5 de julho

Um mês após a morte da jovem Júlia Rosemberg, de 21 anos, a Polícia Civil continua com as investigações para identificar e prender o assassino.

A jovem foi morta no dia 5 de julho, quando caminhava por uma trilha entre as praias Paúba e Maresias, na costa sul de São Sebastião.

O corpo da jovem foi encontrado no dia seguinte semienterrado em um matagal próximo a trilha que ela percorria. A jovem teria sido morta por asfixia. O celular, a pochete e o tênis dela teriam sido levado pelo autor do crime.

As investigações estão a cargo da delegacia de Boiçucanga. O delegado Alexandre Bertolini, responsável pelo caso, afirmou ontem, que não poderia se manifestar sobre o caso. Segundo ele, apenas a Secretaria de Segurança Pública poderia dar informações sobre as investigações em andamento.

O que se sabe até agora é que foram checadas imagens de mais de 70 câmeras de monitoramento existentes ao longo da trilha e nos bairros de Paúba e Maresias. Algumas pessoas que apareceram nas imagens foram ouvidas, mas todas elas negaram envolvimento na morte da jovem.

As investigações foram e estão sendo feitas por agentes policiais e peritos criminais. Foram recolhidos material nas vestimentas da jovem e no local onde ela foi encontrada morta.

O resultado dos laudos enviados ao IML(Instituto Médico Legal) e IC(Instituto de Criminalística)  foram concluídos na semana passada.

Segundo uma fonte, como não existe testemunha do crime e nenhum dos suspeitos confessou envolvimento na morte da jovem, a polícia pretende usar o material do IC para confrontar com DNA dos suspeitos que estão sendo investigados.

O material genético teria sido recolhido da calça, da máscara e da tira da pochete, que teria sido utilizada para asfixiar a jovem. As pessoas suspeitas teriam autorizado o recolhimento de material genético para exame de DNA.

Extraoficialmente, os laudos teriam constatado que a jovem não teria sido violentada sexualmente. Uma fonte policial, disse acreditar, que trata-se de um crime de latrocínio- roubo seguido de morte. Os pertences levados da jovem não foram localizados até agora.

Suspeitos

Segundo a SSP, após solicitação da autoridade policial, a Justiça decretou a prisão temporária de um suspeito. Diligências prosseguem para verificar a participação dele no crime.

A nota informou ainda que paralelamente, a equipe investiga outros suspeitos e que os resultados dos laudos periciais podem auxiliar no esclarecimento dos fatos.

M.A.Z.J, de 37 anos, natural de Guarulhos, que foi preso no dia 9, em Ilhabela, após tentar atacar uma mulher, permanece detido. Quando foi preso na Ilha, ele teria confessado a autoria da morte da jovem à policia militar, mas negou tudo quando foi ouvido no distrito policial. Ele alega ser esquizofrênico e que não toma medicamento como deveria. Segundo informações, sua participação no crime é muito remota, isso deverá ser esclarecido através do exame de DNA.

A polícia ouviu pelos menos outras quatro pessoas, inclusive, na capital e na cidade de Guarulhos. Todas negaram envolvimento na morte de Júlia Rosemberg. Alguns desses suspeitos, segundo consta, estariam sendo monitorados, diariamente, pela policia, para impedir uma possível fuga.