O Portal Tamoios News, recebeu vários questionamentos de empresários indignados com a licitação milionária que está acontecendo em pleno período eleitoral na prefeitura Municipal de São Sebastião, para contratação de empresa para serviços de desinfecção do coronavírus, sendo que não há aumento expressivo de novos casos confirmados na cidade.
A Prefeitura lançou licitação para contratação de empresa especializada para realização dos serviços de limpeza, desinfecção e sanitização por aspersão e nebulização em prédios, vias e espaços públicos, de acordo com o plano de contingência do coronavírus, no valor de R$ 9.971.973,96.
A maioria dos empresários que não querem se identificar com receio de represálias, prestaram serviços, alugaram ou venderam produtos para a prefeitura e os pagamentos não foram efetuados. Segundo um empresário que não reside na cidade, o serviço foi prestado e concluído há quase um ano e até o momento não recebeu nenhum valor que foi acordado em contrato. “Participamos de uma licitação, cumprimos o contrato, e a prefeitura não honra o pagamento. Aí nos deparamos com licitações exorbitante, como essa de serviços de desinfecção no valor de quase 10 milhões”.
Anvisa
Segundo a prefeitura de São Sebastião, seguindo recomendações do Plano Municipal de Contingência, no dia 27 de abril, instalou duas cabines de desinfecção no Centro e em Boiçucanga, e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou uma nota técnica informando que não existe, no momento, nenhuma evidência científica sobre a eficácia do uso de cabines de desinfecção, como as que foram instaladas em São Sebastião, com o objetivo de prevenir infecções pelo novo coronavírus. A Nota Técnica 51/2020, com esclarecimentos e alertas sobre o assunto, destaca que, além de não existir, no momento, nenhuma evidência científica sobre a eficácia e a segurança desse tipo de procedimento, tecnicamente, a duração de 20 a 30 segundos para o procedimento não seria suficiente para garantir o processo de desinfecção. Segundo a nota da Anvisa, a adoção desse mecanismo não inativaria o vírus dentro do corpo humano, além de poder causar danos à saúde de quem se submetesse à desinfecção com saneantes aplicados diretamente na pele e nas roupas.
Prefeitura
O portal Tamoios News questionou a prefeitura e não recebeu a resposta até o fechamento da matéria.
