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Prefeituras promovem consulta online sobre retomada das aulas presenciais em outubro

Tamoios News
Fotos: Divulgação

As prefeituras de Caraguatatuba, São Sebastião e Ubatuba pretendem iniciar uma  consulta pública online para ouvir os pais, professores e servidores da educação sobre a questão da retomada das aulas presenciais. A pesquisa também deverá incluir as escolas privadas.

O governo do estado adiou para 7 de outubro a retomada das aulas presenciais na rede pública. A previsão inicial era para que as aulas fossem retomadas a partir de 8 de setembro.

No Litoral Norte, a rede municipal conta com 53 mil alunos e 3.500 professores. Em Caraguatatuba, são 20 mil alunos e 1.400 professores distribuídos em 52 unidades escolares. Em São Sebastião, são 15 mil alunos e 900 professores em 64 unidades. Em Ubatuba, a rede municipal conta com 11 mil alunos, 750 professores e 48 unidades escolares. Na Ilha, são 7 mil alunos, 500 professores e 37 escolas.

A maioria de pais, alunos e professores consultados pelo Tamoios News se posicionaram contra o reinício das atividades presenciais no momento. Segundo as pessoas consultadas, os  números de casos e de mortes continuam em alta na região. Um retorno agora colocaria em risco a vida de alunos, professores, servidores e as famílias de todos eles.

Pesquisa  

Em Caraguatatuba, segundo prefeito Aguilar Junior, será realizada um consulta pública envolvendo pais, professores, agentes de desenvolvimento infantil (ADIs), agentes de apoio escolar (AAE), inspetores, auxiliares administrativos e equipes gestoras (diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos).

“É importante ressaltar que não há data definida para o retorno às aulas presenciais, em Caraguatatuba. Criamos um comitê com vários representantes de segmentos da comunidade escolar para discutir protocolos a serem adotados. Também chamamos para compô-lo, representantes dos colégios particulares. Mesmo que não haja a volta às aulas de forma presencial, precisamos nos preparar para quando isso acontecer. As aulas só voltarão quando tivermos a segurança necessária para todos”, afirmou o prefeito.

Nesta semana, 38 integrantes eleitos para o Comitê de Elaboração do Plano de Retomada das Aulas Presenciais em Caraguatatuba se reuniram, pela primeira vez, na Secretaria de Educação, no Indaiá. Durante a reunião os segmentos presentes puderam expor pontos de vista, dúvidas e discutir estratégias sanitárias, como procedimentos de adoção na entrada, permanência e saída de alunos.

A secretária de Educação, Márcia Paiva, disse que a volta às aulas será um grande desafio. “Há alguns protocolos que foram sugeridos em outros municípios e pela Secretaria Estadual como reduzir para 35% o número de alunos presencial e fazer um revezamento entre eles e como devem ser as atividades em casa. A ideia com a formação do Comitê é elaborar um protocolo sanitário e pedagógico, específico para o nosso município”, ressaltou.

O Comitê de Elaboração do Plano de Retomada das Aulas Presenciais volta a se reunir novamente na próxima terça-feira (11), na Secretaria de Educação, a partir das 8h.

A secretária de Educação de Ubatuba, Polyana Gama, também confirmou a realização de uma pesquisa online para consultar pais e profissionais da rede municipal de ensino. “Inclusive já estruturamos um questionário a respeito. Vamos ouvir tanto os pais como professores. Precisamos saber principalmente as condições das famílias e as questões de saúde emocional de todos”, destacou.

Em São Sebastião, o prefeito Felipe Augusto e a secretária de Educação, Vivian Monteiro Augusto, falaram sobre o assunto na última quinta-feira(6). Vivian disse que será feita uma pesquisa online com pais, professores e servidores para avaliar o reinicio das aulas presenciais no município.

Segundo ela, é importante ouvir todos sobre a questão e também agilizar os procedimento para que quando as aulas forem retomadas esteja tudo preparado para com relação aos protocolos e procedimentos que deverão ser adotados nas escolas municipais.

Vivian destacou ainda que enquanto não fica definido quando as aulas serão reiniciadas, diretores, professores e servidores irão procurar agilizar tudo o que for necessários nas escolas para que a retomada do ano letivo seja feito com muita segurança para todos, alunos, professores e servidores.

Ainda segundo ela, o assunto deverá ser discutido pelos comitês de enfrentamento ao coronavírus da Saúde juntamente com o formado pela Educação. “Não podemos ficar esperando, temos que definir um protocolo, saber o que cada escola precisa, avaliar o transporte, a alimentação, a recreação e a aprendizagem. Queremos garantir condições em cada unidade escolar para garantir uma retomada das aulas com muita segurança para todos”, comentou ela em uma live feita pelo prefeito.

Os trabalhadores da Educação da Prefeitura de São Sebastião declararam Estado de Greve frente à iminência do retorno às aulas presenciais em meio a pandemia do novo Coronavírus. A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Servidores (Sindserv), realizada na quarta-feira (5/8), de forma virtual.

Além do Estado de Greve, notificado à prefeitura pelo  Sindserv, os servidores da Educação junto ao Sindicato irão realizar dois atos públicos. O primeiro será uma carreata “Aulas presenciais sem vacina é chacina”, no dia 11/8 (terça-feira), com encontro inicial às 9h30, na Rua da Praia, no Centro, em seguida terá uma parada na Seduc, onde cada trabalhador irá expor um cartaz, de forma a garantir o distanciamento social.

O segundo ato público será em Boiçucanga, no dia 18/8 (terça-feira), com início às 16h30 na Praça Elpidio Romão Teixeira, próximo a Escola Walkir Vergani, com cada trabalhador expondo um cartaz e garantindo o distanciamento social e, em seguida, carreata “Aulas presenciais sem vacina é chacina” pela Costa Sul.

Estado

A partir do dia 8 de setembro, as escolas localizadas em regiões na fase amarela ficam autorizadas a receber os alunos para aulas de reforço, recuperação e atividades opcionais. Para isso, as regiões também terão de obedecer ao critério de estar há pelo menos 28 dias na fase amarela.

Além disso, as escolas também terão de respeitar o limite máximo de alunos nas unidades e os protocolos sanitários. Nesta primeira etapa, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, apenas até 35% dos alunos devem ser atendidos em atividades presenciais. Para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, o limite máximo de alunos é de 20%.

Cada escola poderá optar pela reabertura regionalizada a partir de um processo de consulta com envolvimento da comunidade escolar – pais e responsáveis, estudantes e educadores.

Se a escola optar pela reabertura, os professores que tiverem interesse poderão realizar atividades com poucos alunos. Apenas participam os estudantes que tiverem anuência dos responsáveis, sendo que aqueles que fazem parte do grupo de risco devem permanecer em casa. Do mesmo modo, profissionais da educação do grupo de risco continuam trabalhando remotamente.

Este período de setembro até outubro, quando deve ocorrer a provável retomada das aulas, deverá ser aproveitado pelas escolas que optarem pela reabertura para atividades como plantão de dúvidas, atividades esportivas, tutoria, aulas em laboratórios de informática e ciências, entre outras ações ligadas ao reforço e recuperação do que já foi ministrado. Novos conteúdos curriculares só poderão ser aplicados a partir do dia 7 de outubro.

Equipamentos de segurança na rede estadual

A rede estadual de São Paulo está se preparando para que a retomada das aulas seja feita com toda segurança. Para isso, adquiriu uma série de insumos destinados tanto aos estudantes quanto aos servidores, como 12 milhões de máscaras de tecido, 300 mil face shields (protetor facial de acrílico), 10.168 termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel e 100 milhões de unidades de papel toalha