Depois de reunir dezenas de casos de responsáveis que recusam fazer a vacinação em crianças e adolescentes, o Conselho Tutelar de São Sebastião e a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde criaram a Campanha de Combate à Recusa Vacinal. O objetivo é esclarecer que é dever dos pais garantir o direito à vacina, sendo esse direito previsto no Estatuo da Criança e do Adolescente.
Segundo a conselheira tutelar Andrea Hiraoka, foram criadas estratégias de atendimento, pois a vacinação é direito essencial da criança e do adolescente e dever dos pais. “A vacinação é prevenção e além de prevenir individualmente, também preza pela imunidade coletiva da população. Os pais estão sendo negligentes no direito ao acesso de saúde dos filhos, eles não podem se recusar injustificadamente de vaciná-los, porque é um direito garantido por lei. A vacinação é obrigatória a nos casos recomendados pelas autoridades
sanitárias”, explicou.
De acordo com a conselheira Rhaiane Ramos, os agentes públicos, de saúde, de assistência social e de educação, responsáveis pelo atendimento das famílias que verificarem ausência da vacinação obrigatória, devem tentar sensibilizar os responsáveis. “Se mesmo assim não for possível realizar a vacinação, é preciso notificar imediatamente o Conselho Tutelar. Se os pais ainda assim descumprirem as medidas aplicadas pela legislação, a gente comunica o fato ao Ministério Público que tomará as devidas providências”, esclareceu.
O chefe de Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Maurílio Bianchi, disse que a criança não vacinada, fica exposta a doenças graves e imunopreveníveis. “Temos verificado essa tendência no município de pais que não levam seus filhos para vacinar. Isso com certeza causa sérios prejuízos a saúde publica, pois pode ocasionar no reaparecimento de graves doenças contagiosas tidas como erradicadas no país”.
Poliomielite e Sarampo
São Sebastião atingiu a meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde para a Campanha Nacional contra a Poliomielite e o Sarampo. A conquista foi fruto de ações integradas entre a Secretaria da Saúde, Fundação de Saúde Pública e a Secretaria da Educação.
As ações de intensificação para atingir o maior número possível de crianças vacinadas foram direcionadas pela Vigilância Epidemiológica para atuação das equipes do Programa de Saúde da Família nas escolas e creches do município com busca ativa de faltosos na sala de vacina, além de vacinação casa a casa.
A Vigilância ainda identificou oportunamente quais regiões apresentavam as menores taxas de cobertura vacinal, para as quais a Fundação de Saúde desenvolveu trabalho específico e fundamental na reversão do quadro.
Segundo Maurílio, o setor ainda identificou, oportunamente, as regiões que apresentavam as menores taxas de cobertura vacinal. “A Fundação de Saúde desenvolveu trabalho específico e fundamental na reversão do quadro, disponibilizando atendimento exclusivo de vacinação durante três sábados do mês de agosto em Unidades de Saúde, proporcionando uma importante oportunidade para os pais que trabalham durante a semana vacinarem seus filhos”, ressaltou.
Apesar de atingido a meta, as vacinas contra o sarampo e a poliomielite continuam disponíveis nos Postos de Saúde durante todo o ano para vacinação de rotina.
