O fim de semana foi mais uma vez de praias cheias em todo o Litoral Norte. Muita gente sem usar máscaras e aglomerada nas praias. A fiscalização foi bastante tímida por parte das prefeituras.
Em Ubatuba, a fiscalização percorreu algumas praias, com os fiscais orientando os banhistas, mas o movimento foi intenso em todas a região. Em Caraguatatuba, foram visitadas oito praias, entre o centro e o norte e, em nenhuma delas, se viu fiscalização por parte da prefeitura.
As prefeituras estão priorizando a fiscalização no comércios, para checar se os estabelecimentos estão respeitando os decretos municipais e, principalmente, dias e horários de funcionamento. O uso de máscara por parte de funcionários e clientes e a aglomeração nos estabelecimentos, também, são checados.
As praias Martim de Sá, Massaguaçu e Cocanha estiveram entre as mais procuradas por turistas do Vale do Paraíba, Campinas, Jundiaí, Guarulhos e da capital. Apesar da recomendação da prefeitura, teve esporte coletivo como futebol, voley, futvoley e aglomeração entre guarda-sóis.
A aglomeração foi tão grande na praia da Cocanha, na região norte de Caraguatatuba, que muitos turistas evitaram permanecer no local devido ao risco do coronavírus.
“Não tem como ficar, tá cheia e ninguém respeitando, todo mundo aglomerado e sem máscara, dá medo na gente”, comentou Thaís Alana, da cidade de Lorena.
Thaís, sua mãe Elaine e a amiga Sueli decidiram procurar uma praia mais vazia. Segundo Elaine, era a primeira vez que elas desceram ao litoral para curtir uma praia.
“Com a quarentena, a gente fica estressada e deprimida, por isso, decidimos vir passar uns dias na praia para se distrair e quebrar um pouco o ritmo do isolamento social, mas desse jeito ai não dá, é muito arriscado. Essa doença é muito perigosa”, comentou Elaine.
Nos quiosques, mesmo não podendo colocar mesas na areia aos domingos, o movimento tem sido dos maiores nas últimas cinco semanas, segundo os funcionários.
“As vendas estão boas, mas o pessoal não está respeitando os protocolos, muita gente sem máscara e aglomerada. A gente orienta, mas eles não estão nem ai..”, disse Gabriel Pereira, atendente do Quiosque Amor Geral. Nas praias, a cerveja estava sendo vendida por R$ 13 a garrafa e R$ 6 a lata, a porção de peixe variava de R$ 40 a R$ 60,00.
Os ambulantes também estão faturando com o movimento turístico em plena pandemia de covid-19. A ambulante Regina Simões disse que tem muita gente do interior e que eles adoram comprar seus produtos, biquínis e saída de praia.
“É triste, porque a maioria não está preocupada com a doença. A gente percebe que poucos usam máscaras e evita aglomeração na areia”, comentou. A ambulante, que usa máscara e fornece álcool gel aos seus consumidores, afirmou que as vendas melhoraram há cerca de três semanas.