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ONGs de São Sebastião propõem criação da Unidade de Conservação ‘APA Enseada’

Tamoios News
Foto: Patrick Pina

Neste mês de julho, o Instituto Terra & Mar com o apoio do Instituto Conservação Costeira (ICC) protocolaram junto à prefeitura de São Sebastião a proposta de criação da Unidade de Conservação “APA Enseada”. Os Institutos defendem a importância da criação da Unidade de Conservação Municipal para Proteção Integral nos remanescentes de restinga e manguezais situados nos bairros Enseada e Canto do Mar, na Costa Norte de São Sebastião.

“É a única área hoje que existe no extremo norte de São Sebastião que ainda tem alguma cobertura verde, que tem alguma interação ecológica, que consegue ter ainda as funções vitais do meio ambiente, do manguezal, ainda vivo”, explica a bióloga, educadora ambiental e integrante do Instituto Terra & Mar, Jacqueline Vieira.

Foto: Jacqueline Vieira

Segundo Vieira, trata-se de um desejo antigo da sociedade civil organizada, que já havia solicitado a proteção da área, mas na ocasião foi informada que havia a necessidade de realizar estudos (socioambiental, da fauna, da flora, estudo geológico, etc). Assim, o Instituto Terra & Mar se empenhou em organizar esse material, contando com o apoio da Rede Nacional de Manguezais, da Rede Litoral Norte de Manguezais e de outros profissionais para construir o documento, além do ICC que colaborou com a orientação na parte jurídica.

A bióloga esclarece que a área em questão é um berçário da vida. “No nosso diagnóstico ambiental, nós identificamos diversas espécies de aves, alguns mamíferos, peixes, espécies de vegetação de mangue, o mar ainda tem a conexão com o manguezal, que é super importante, há cursos d’água no entorno, e mesmo com o impacto gigantesco que há ao redor, com especulação imobiliária, desmatamento, uso indevido do próprio manguezal, mesmo assim ele está ali vivo”, explica Vieira.

Hoje (26), data em que é comemorado o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, Vieira e os apoiadores da proposta comemoram o protocolo desse documento. “A gente espera ter uma boa resposta das análises dos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente de São Sebastião”, afirma a educadora ambiental.