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 Preço do frete é repassado ao consumidor final e produtos internacionais ficam mais caros no Brasil

Tamoios News

Empresas enfrentam problema na distribuição dos itens nos portos, que ainda estão retornando lentamente à rotina de funcionamento, acumulando filas de cargas e aumentando o preço do serviço de envio.

O preço dos produtos importados deverá aumentar para o consumidor final no Brasil, além do risco de levarem mais tempo para chegar aos destinatários, especialmente se vierem da China.

A crise internacional dos portos, iniciada logo após o recrudescimento da pandemia em todo o mundo, impactando diretamente até a entrega de suprimentos básicos, começou a forçar as empresas e marcas que desembarcam seus produtos no país a transferirem o custo operacional do frete aos clientes compradores.

A “solução” aparece como saída para equalizar os custos, que já são quase 5 vezes maiores para o setor produtivo, e evitar que alguns mercados fiquem sem receber as encomendas.

“Com o reaquecimento do mercado, há, agora, uma fila para despachar os produtos aos seus respectivos destinos. O número de navios e contêineres é escasso e, agora, em teoria, devido à procura, aumentou o preço do frete”, comentou o CEO da Revhram, Anderson Souza Brito, especialista em câmbio, finanças e banking. Formado em Administração de Empresas e MBA em Finanças e Banking.

“As empresas de grande porte não estão mais negociando contratos a longo prazo, o que tem está com compromisso de ser atendido, e quem tem interesse e necessidade, nesse momento, vai ter que pagar a mais, devido à escassez de disponibilidade. Então, elas passarão a vender FOB ao invés de CIF”, concluiu.

A sigla FOB, em inglês, significa free on board — livre a bordo. Nele, quem paga pelo transporte é o comprador das mercadorias transportadas, ou seja, o destinatário. Por isso, a compra pode ser mais barata que no formato CIF, cost insurance and freight (custo, seguro e frete), mas o destinatário tem de arcar com custos de entrega, após o recebimento.

Portos e Pandemia

Atualmente, 27,8% da população mundial recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o COVID-19 e tão somente 14,2% está totalmente vacinada. No Brasil, 26,83% da população brasileira está totalmente imunizada.

Com isso, o controle mais rígido para minimizar o contágio da doença foram e são necessários, como retenção de contêineres em portos e a proibição de troca de tripulação de navios. Houve e ainda há, também, as restrições de circulação pelo modal aéreo, devido às restrições de funcionamento de aeroportos e as fronteiras.

Na China, um terminal no porto de Ningbo-Zhoushan, ao sul de Xangai, está fechado desde o início de agosto, após a constatação de que um dos funcionários estava com Covid. Por isso, as principais companhias marítimas internacionais, incluindo as gigantes Maersk, Hapag-Lloyd e CMA CGM, precisaram mudar os horários para evitar o atracar no porto e já estão alertando sobre atrasos

Atrelado à pandemia, existe ainda o aspecto político que impacta diretamente os tratados e processos de comércio internacional, como por exemplo a aproximação da China (maior país exportador do mundo) ao Talibã o reconhecendo como governo afegão.

Sobre Anderson Brito

Anderson Souza Brito é especialista em câmbio, finanças e banking. Formado em Administração de Empresas e MBA em Finanças e Banking. Além do curso de International Business Management pela Massachusetts Instituteof Business (MIB). Atualmente, ele é CEO da Revhram.

Sobre a Revhram

A Revhram atua na assessoria e intermediação de operações cambiais. Traz soluções em câmbio, crédito (imobiliário e empresarial), e trade finance (exportação e importação). Otimizando os custos e simplificando a carga administrativa da empresa, com segurança, economia e praticidade.

Texto: Glauco Braga