Para além do Dia dos Namorados, o dia 12 de junho, é também o “Dia Mundial contra o Trabalho Infantil”.
A data foi instituída em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), durante a Conferência Anual, no mesmo dia em que foi apresentado o 1º relatório global sobre o tema trabalho infantil.
A criança obrigada a trabalhar está sendo violada com relação aos seus direitos humanos, além de também ser uma grave infração dos princípios fundamentais trabalhistas.
Crianças que trabalham enquanto deveriam brincar acabam perdendo uma parte de suas infâncias. É comprovado cientificamente que tais situações são prejudiciais à sua formação psicológica, física, intelectual e social.
Segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), houve um aumento de 8,4 milhões de crianças e adolescentes que ingressaram em atividades laborais somente no período de 2016 a 2020. É chocante pensarmos que este número chegou a 160 milhões em todo o mundo!
Ainda com base nas pesquisas da UNICEF e da OIT, existe uma estimativa de que neste período após pandemia este número venha a aumentar ainda mais. Uma triste e dura realidade, na qual todos nós enquanto sociedade deveríamos nos preocupar.
Direito à educação, saúde e lazer, deveriam ser as preocupações fundamentais para com as crianças. Em nosso país, crianças menores de 14 anos são proibidas por Lei de trabalharem, e para adolescentes entre 14 e 18 anos existem regras e condições a serem analisadas.
Muitos são os motivos para lutarmos contra a questão do trabalho infantil, além de todas as interferências prejudiciais já citadas acima, o próprio Ministério da Saúde alerta, através dos números, que as crianças se acidentam seis vezes mais do que os adultos, e o que deveria ser óbvio muitas vezes é negligenciado, afinal, não importa se as atividades são laborais, as crianças naturalmente têm menor percepção dos riscos e perigos, sejam eles intelectuais ou físicos.
É obrigação e dever da família, do poder público e da sociedade como um todo, garantir e assegurar que os nossos pequenos tenham os seus direitos resguardados e atendidos. Não podemos banalizar ou justificar tais condições em razão das vulnerabilidades sociais, é uma causa de todos para um futuro digno e humanizado.
“E que todos os dias sejam dias de brincar e não de trabalhar!”
Por Daniele Murillo / Redação Tamoios News