Naufrágio poderá se transformar em atração para mergulhadores e ajudar na proteção da fauna e flora marinha
A Prefeitura de Ilhabela optou em afundar o navio de pesquisas oceanográficas Professor W. Besnard, desativado desde 2008 e colocado à disposição da administração local há dois anos.
Segundo a prefeitura, após o afundamento, a área do naufrágio será um atrativo para o mergulho, incentivando sobremaneira o desenvolvimento turístico para o município, além de criação de um recife artificial, que promoverá a proteção da biodiversidade marinha e o aumento da produtividade biológica local.
A prefeitura já teria iniciado uma licitação para a contratação de uma empresa especializada para fazer um diagnóstico, o licenciamento ambiental e o naufrágio controlado da embarcação.
Na administração de Toninho Colucci, optou-se em afundar o navio W.Besnard, entre a Ponta da Sela e o Solar Singhita, pouco antes da Sepituba, no sul da ilha. Não se sabe se a atual administração optará em fazer o naufrágio do navio no mesmo local.
O navio W.Besnard permanece atracado no Porto de Santos, desde 2008, quando foi atingido por um incêndio. O acidente prejudicou as operações da embarcação, que acabou sendo desativada pela USP (Universidade de São Paulo).
O navio Wladimir Besnard, cujo nome homenageia o primeiro diretor do IO(Instituto Oceanógrafo) da USP, foi construído em 1966 por um estaleiro norueguês. Em 1967 começou a ser utilizado nas pesquisas da USP. Durante mais de 40 anos, o W.Besnard foi utilizado em importantes pesquisas no Brasil e na Antártida.
Inicialmente, a USP pretendia vender o navio como sucata, mas o então prefeito Colucci procurou o governo do estado propondo o afundamento da embarcação e a utilização de seus equipamentos num Museu Náutico, na ilha.