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Assassino de Cristina Novaes é transferido para Caraguatatuba

Tamoios News
Felipe durante sua chegada em Caraguá. Foto: Repórter Online

Felipe Tiago Fet Lino, de 31 anos, acusado de matar Cristina Coelho Novaes, de 32 anos, filha de um renomado médico veterinário, em 16 de novembro passado, em Caraguatatuba, foi transferido nesta terça(17), de Paraty para a delegacia de Caraguatatuba.

O preso chegou em Caraguatatuba por volta das 13 horas escoltado por policiais do SIG(Setor de investigações Gerais). Segundo informações, o delegado Jairo Pontes, que esclareceu o crime e identificou Felipe, pretendia ouvi-lo ainda nesta terça(17).

Felipe Tiago foi preso no domingo(15), quando trabalhava como garçom em uma quiosque na Praia do Jabaquara. delegacia preso em Paraty, litoral sul do Rio de janeiro.

A prisão dele teria sido feita pelo 167º distrito policial de Paraty, cujo delegado titular é Marcelo Russo. Felipe Tiago estaria na cidade desde o dia 16 de novembro, logo após matar Cristina.

Ele teria sido preso pela Policia Militar de Paraty em um quiosque e na delegacia teria sido confirmado que ele estaria sendo procurado por um crime cometido em Caraguatatuba.

Praia de Jabaquara onde Felipe Tiago estaria trabalhando como garçom em um quiosque até ser preso pela PM

O 167º distrito policial de Paraty comunicou a prisão de Felipe Tiago ao delegado de Caraguatatuba. O nome dele constava no Cadastro Nacional de Presos (procurados e foragidos).

Suspeita

Felipe deixou Caraguatatuba logo após o crime ocorrido no dia 16 de novembro no bairro do Poiares. Foi procurado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Ele tinha saído da penitenciária há dois meses, onde teria cumprido pena de sete anos por tráfico de drogas, quando cometeu o crime que abalou a cidade de Caraguatatuba.

Segundo informações, Felipe é um sujeito de bom papo, alegre, extrovertido, mas muito cruel. A polícia civil de Caraguatatuba suspeita que ele tenha praticado outro crime, ainda sem solução, ocorrido na cidade há oito anos.

De acordo com o Setor de Investigações, “o modus operante” desse crime foi muito parecido com o que foi praticado por Felipe Tiago em novembro deste ano.

O caso somente poderá ser confirmado a partir da prisão dele. O crime ocorrido há oito anos também envolvia uma mulher, cuja ossada teria sido encontrada em um bairro da cidade.

Crime

Cristina Coelho Novaes, de 32 anos, filha de um renomado médico veterinário da cidade, veio de São Paulo para passar o feriado da Proclamação da República em Caraguá.

Ela ficou hospedada na casa do irmão, no bairro do Tinga. Na noite do dia 15 deixou a casa dele e não foi mais vista. Amigos e familiares noticiaram o sumiço dela através das redes sociais.

No dia 17, no final da tarde, um corpo foi localizado em uma córrego no bairro do Poiares. Era o corpo de Cristina. Ela estava nua, com as mãos amarradas. O corpo estava enrolado em um cobertor e envolto em um plástico.

O delegado de Caraguatatuba Jairo Luis Pinto Pontes, que assumiu as investigações, conseguiu através de imagens de câmeras de monitoramento identificar o autor do crime no dia 21.

Pontes e sua equipe de investigadores utilizaram a tecnologia- imagens de câmeras de monitoramento e as informações dadas por uma testemunha para identificar o autor do crime que abalou a cidade.

O delegado obteve autorização do Ministério Público e da justiça para a prisão dele, mas Felipe Tiago já tinha fugido.

Na casa do assassino, na noite do dia 21 de novembro, a polícia com uso de luminol, identificou sangue da vítima em um colchão, possivelmente, resultado de violência sexual praticada por ele e, também, em uma bermuda, que o assassino teria usado no dia do crime.

O laudo do IML(Instituto Médico Legal) constatou que Felipe Tiago matou Cristina por asfixia causada por estrangulamento ou enforcamento- uma corda foi encontrada no pescoço dela.

Cristina teria sido assassinada num dos cômodos da casa onde o assassino morava com a avó, a mãe e uma tia. A família estava no local durante o crime, mas não percebeu nada. Felipe utilizou um carrinho de supermercado para levar o corpo de Cristina até o córrego, no bairro do Poiares.

Os dois, assassino e vítima, não se conheciam, se encontraram, possivelmente, em bar, no Poiares. Cristina, sem saber, acabou nas mãos de um assassino cruel e frio.