Cidades

Passeio Ecológico na APA Baleia/Sahy em São Sebastião

Tamoios News
Reginaldo Pupo/Agência Facto

Reginaldo Pupo/Agência Facto

O passeio mostrará avanços contra crescimento desordenado no litoral de São Paulo

Um passeio ecológico que será realizado neste sábado (31) na APA (Área de Proteção Ambiental) Baleia/Sahy, em São Sebastião, servirá para mostrar aos parceiros do ICC (Instituto Conservação Costeira), co-gestor da área juntamente com a prefeitura municipal, os trabalhos desenvolvidos pela entidade que vêm contribuindo para frear o crescimento desordenado das praias adjacentes, no que ainda sobrou de trechos da mata atlântica, por meio de diversas ações práticas, sempre com auxílio da própria comunidade.

A contenção do crescimento foi intensificada nas Zeis (Zonas de Especial Interesse Social) da Vila Piavú, de onde surgiriam mais 82 lotes (alguns deles já demarcados), o que possibilitaria que cerca de 500 pessoas invadissem a área limítrofe com a APA. Situação semelhante foi registrada na Vila Sahy, onde 22 lotes foram flagrados com demarcação, pronto para serem invadidos. Na Baleia Verde houve o parcelamento de 37 lotes clandestinos. Em todos os casos o ICC providenciou a regeneração da vegetação suprimida.

Além do combate ao crescimento desordenado, o ICC fechou uma parceria com a Sabesp para cruzar dados sobre o número de residências ligadas oficialmente à rede de esgoto para identificar possíveis lançamentos clandestinos de esgoto no Rio Sahy, que também integra a APA.

“O reconhecimento da APA em processos de licenciamento ambiental junto ao Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte, a demarcação parcial do perímetro da APA, a melhoria da navegabilidade do Rio Sahy e a contenção da aprovação de grandes empreendimentos na Praia da Baleia são algumas das conquistas do ICC neste ano”, frisa a presidente do ICC, Fernanda Carbonelli.

“Com muito trabalho e dedicação, conseguimos proteger um milhão de metros quadrados, proporcionando aos moradores e turistas, muitos benefícios que só irão melhorar a qualidade de vida”, destaca Fernanda. Mas para ela, ainda há muito a fazer. “Nossa preocupação, agora, é com a falta de planejamento urbano, o fluxo migratório, a escassez de áreas aptas à ocupação humana, a falta de estrutura para suportar o crescimento desordenado, a falta de um suporte para abastecimento de água e tratamento de esgoto adequado, o aumento da violência e a balneabilidade das praias comprometidas”, destaca.

 

Fonte: ICC (Instituto Conservação Costeira)

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