A jornalista aproveitou a ocasião para autografar os livros
A jornalista Priscila Siqueira lançou esta semana, em São Sebastião, mais uma obra de sua autoria: o livro “A outra face de Eva”. O lançamento oficial aconteceu na Livraria Satélite e reuniu dezenas de pessoas.
Priscila é que é conhecida não só por sua atuação no jornalismo, mas também por sua luta pelos direitos humanos e por questões sociais, principalmente relacionada à violência contra a mulher e o tráfico humano. No mais recente trabalho, ela apresenta outro tema polêmico, mas relevante que são os problemas gerados pelo mau uso da religião e má interpretação dos livros sagrados.
A autora fala sobre a violência cometida contra a mulher. Segundo ela, mortes, agressões e discriminação são uma constante no universo feminino, principalmente decorrente de violência doméstica. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), publicou um número alarmante em 2013: no Brasil ocorreram mais de 50 mil feminicídios no período de 2001 a 2011, o que equivale a 5 mil mortes por ano.
Sobre “A outra face de Eva”, Dom Helder Câmara, que assina o prefácio, falou dos conflitos que são gerados na sociedade a partir de alguns equívocos. “Uma proposta religiosa que se dispõe a fazer do mundo um lugar melhor — e incontáveis vezes consegue fazê-lo — pode tornar-se opressora, com resultados totalmente contrários à sua intenção. Não por sua essência primeira, que seria de libertação e respeito ao outro, mas por conta das interpretações que ao longo dos tempos foram incorporando-se como verdades indiscutíveis”, destacou. Câmara ainda completou dizendo que homens e mulheres são diferentes sim, mas são iguais em dignidade.
A autora
A jornalista Priscila Siqueira é natural do Paraná, mas vive há muitos anos em São Paulo. Como profissional do jornalismo, cobriu para a grande imprensa os conflitos de terra ao longo da rodovia Rio-Santos durante a ditadura. Dessa experiência resultou seu primeiro livro, O Genocídio
dos Caiçaras. Militante ambientalista, é uma das fundadoras da SOS Mata Atlântica e do Movimento de Preservação de São Sebastião. Desde há muito, sua maior briga tem sido contra o tráfico de pessoas, principalmente mulheres, adolescentes e crianças, que constantemente são vendidas para a indústria sexual.
