Um grupo que reúne professores, associação do bairro, arquiteta, voluntários, alunos e moradores interessados em melhores espaços para os jovens da comunidade, se uniu para transformar duas salas do Centro de Apoio Educacional (CAE) de Barra do Una em uma biblioteca comunitária.
A ideia de ter uma biblioteca comunitária partiu da professora Elisabeth D’Agostini, que dá aulas na Escola Municipal Professora Sebastiana Costa Bittencourt, que fica próxima ao CAE. Em 2019 ela procurou a Sociedade Amigos Barra Do Una (SABU) para conseguir apoio e realizar o desejo de ter um espaço de leitura para os jovens da região. Nesta quinta-feira (26), o espaço foi inaugurado.
O presidente da SABU, Raoul Cardinali, e a professora Elisabeth conseguiram autorização da prefeitura municipal para o uso das salas. A partir daí uma mobilização entre integrantes da comunidade aconteceu. A arquiteta Paloma Faltin realizou o projeto de forma voluntária. A SABU reformou totalmente a sala, junto com voluntários e moradores. Um grupo de alunos realizou a escolha do repertório literário.
A SABU contatou a SP Leituras – Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura, organização sem fins lucrativos que administra grandes bibliotecas em São Paulo, para instruir os próprios moradores da comunidade para fazer a gestão da biblioteca. Um grupo de jovens leitores da professora Beth está participando dos treinamentos realizados pela SP Leituras para auxiliar na gestão do espaço. Os encontros acontecem de forma remota devido à pandemia.
A movimentação da comunidade transformou o espaço com cor, histórias e muita vontade de fazer dar certo (veja o resultado logo abaixo no vídeo). A vice-presidente e responsável na SABU pelo projeto, Fátine Chamon, diz que “a ideia é formar leitores e transformar o espaço não só em uma biblioteca, mas em um espaço para que os jovens e crianças possam ir, ficar e ter acolhimento”.
O grupo de alunos Livratos escolheu livros de interesse do público jovem, pensando em um acervo mais completo, diverso e planejado para o público infanto-juvenil. Foram arrecadados livros da Escola Sebastiana, 250 exemplares foram doados pela SP Leitura e outros títulos foram doados por editoras.
Antes da inauguração oficial da biblioteca comunitária já foram emprestados mais de 150 livros. A maior parte dos exemplares é infanto-juvenil, mas adultos, jovens e crianças podem pegar livros emprestados. A biblioteca já está sendo informatizada e deve, em breve, contar com oficinas de contação de histórias, teatro, artes, música e rodas de conversa com autores.
*Texto: Claudinéia Silva