Educação

Em meio a protestos, alunos desocupam escola em Ubatuba após 17 dias

Tamoios News
Raell Nunes
Raell Nunes

Os estudantes queriam fechar a rodovia com uma passeata, mas a polícia autorizou protesto apenas nas imediações do Estufa II

Estudantes deixaram a unidade protestando e ação de policiais na desocupação gerou confusão

Raell Nunes

A escola estadual Professora Aurelina Ferreira, em Ubatuba, foi desocupada na sexta-feira (17). A unidade era a única no município ocupada por alunos, como protesto à reorganização escolar prometida pelo governador Geraldo Alckmin. A decisão do Estado foi revogada há mais de uma semana, mas os ocupantes resolveram permanecer na escola para fazerem outras reivindicações.

Com cerca de quinze oficiais, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar quiseram interferir numa ação que dezenas de estudantes pretendiam fazer no final da tarde.

Numa passeata, os alunos tinham como objetivo comemorar o sucesso da ocupação e também revindicar direitos à educação ubatubense. O movimento estava marcado para começar às 17h, no entanto, com a intervenção da polícia, o movimento começou às 18h30.

Segundo a PM, os estudantes queriam protestar na rodovia. Os oficiais explicaram que seria autorizado somente uma pequena movimentação no Bairro da Estufa 2, onde se localiza a escola.

Os alunos conversaram com os policiais, para que a caminhada acontecesse conforme o organizado. Porém, o pedido não foi aceito. Por fim, eles se contentaram em promover a movimentação somente nas imediações da escola.

Confusão

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Os alunos promoveram uma reunião para decidirem sobre a proposta dos oficiais, de fazer a manifestação apenas nas redondezas do bairro. Neste momento, os portões estavam fechados e sob a vigilância da PM. Dois professores chegaram e queriam entrar e a polícia solicitou identificação. Ambos se recusaram a mostrar algum documento e ainda usaram de hostilidade.

“Vai se danar, eu sou a favor do movimento e quero entrar”, disse o professor. O policial deu voz de prisão para o educador, pegando-o pelo braço. A professora que o acompanhava bateu no braço do militar e disse que iria processá-lo.

Depois de várias discussões e muito bate-boca, ninguém foi preso. Os professores entraram e conseguiram participar do último conselho junto aos alunos.

Depois de todo o ocorrido, os estudantes fizeram a desocupação e a passeata de forma pacífica, erguendo cartazes e revindicando melhoras através de gritos de guerra. A polícia acompanhou todo o rito de perto. 

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