O Brasil deve atingir 2ºC de aquecimento médio por volta do ano de 2.030, apontam os dados gerados pelo Ministério de Tecnologia, Ciência e Inovações (MCTI).
Diante deste fato e da emergência climática sinalizada no último relatório (AR6) do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado no mês de agosto, o Brasil se aproxima de um patamar de riscos segundo apontavam as tratativas ocorridas no Acordo de Paris, já que a partir de 1,5º C há fortes possibilidades de um cenário de imprevisibilidade climática e eventos extremos.
Diante deste quadro e com o objetivo de apontar politicas públicas para a mitigação e adaptação, especialmente do risco de para elementos essenciais à sociedade humana, como a água, representantes do mundo científico, jurídico, da área de planejamento e gestão, em conjunto com ONGs, movimentos sociais organizados e sindicatos, estão promovendo no Vale do Paraíba 3 encontros preparatórios para a COP26, enfocando soluções para os principais desafios trazidos pelo agravamento da emergência climática.
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Segundo Carlos Bocuhy, do PROAM-Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, “a situação é grave e deve-se pensar em soluções a partir de mapeamentos precisos das situações de vulnerabilidade ambiental e social”.
Para Jairo Salvador, Defensor Público em São José dos Campos, ”as vulnerabilidades não são homogêneas e as mudanças climáticas afeta de maneira desproporcional os menos favorecidos”.
Para dimensionar os possíveis cenários e soluções, no dia 8 de setembro, 20 representantes de movimentos sociais estarão expondo suas visões à respeito de cenários de vulnerabilidade na região do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, enfocando precariedade de habitações, agricultura, abastecimento, aquecimento dos centros urbanos e ambientes de trabalho, impactos aos ecossistemas ocasionados por monoculturas e agressões ao rio Paraíba do Sul, pesca artesanal e tecnologias poluentes, como incineradores de resíduos e usinas de energia movidas a combustíveis fósseis (termelétricas).
Para Vicente Cioffi, do Fórum Permanente em Defesa da Vida, que apresentará os resultados consolidados dos trabalhos no documento “Carta do Povo do Vale do Paraíba e região à COP26”, trata-se de “um esforço necessário e oportuno de setores expressivos da sociedade no sentido de alertar a população do Vale do Paraíba e região os riscos envolvidos e reivindicar dos poderes públicos as necessárias medidas preventivas e de adaptação”.
Contatos: Carlos Bocuhy – PROAM: 011999378280
Vicente Cioffi – Fórum Permanente Em Defesa da Vida: 1299739-7180
Angela – Associação de Favelas de SJC: 12997409077
Jose Moraes – coletivo Desperta São José: 1232078848
Gabriel – núcleo regional do plano diretor participativo: 01299762674
Veja a programação abaixo: