
Comissão pretende analisar as motivações que mantém o teatro fechado há três anos
A comissão especial servirá para verificar o que está impedindo a abertura do único teatro da cidade
Por Raell Nunes, de Ubatuba
O Poder Legislativo de Ubatuba vai apurar todo o imbróglio que mantém há três anos o teatro de Ubatuba de portas fechadas. O anúncio foi realizado durante a sessão ordinária desta semana.
Três vereadores serão responsáveis por uma comissão especial. A vereadora Flávia Comitte do Nascimento (PDT), a Flávia Pascoal, será a presidente. A vice-presidência ficará a cargo do Silvio Carlos de Oliveira Brandão (PSB), o Silvinho Brandão, e o membro será o Reginaldo Fábio de Matos (PT), o Bibi.
Segundo a Casa de Leis, a comissão servirá para apurar os processos jurídicos que já estão em andamento, um na esfera estadual e outro na federal.
De acordo com representantes do legislativo, também serão avaliadas as condições atuais da construção. A comissão durará 60 dias, mas dependendo do andamento, poderá ser prorrogada pelo dobro do tempo.
Em entrevista ao Tamoios News, Flávia Pascoal afirmou que a comissão especial tem o propósito de averiguar qual é a origem do fechamento do teatro e o que está impedindo a sua abertura.
“Nós [os vereadores] vamos fazer um estudo de tudo que se passou e como está no momento. Vamos entrar no teatro, averiguar, revirar processos. Enfim, iremos lutar pela abertura. Quero deixar bem claro que isso não é uma CPI, mas sim uma comissão para entender e esclarecer à população o que está acontecendo”, acrescentou.
Silvinho Brandão falou que a o intuito da ação é entender a situação e, consciente do panorama, reivindicar a abertura do local.
“Eu fui cobrado por grupos de artistas que questionaram o Legislativo por não entrar nessa briga e eu me senti constrangido. Quando foi solicitada essa comissão, eu fiz questão de participar para ver se é uma questão jurídica ou administrativa. Dizem que é uma questão de dinheiro, se for essa a questão, então vamos atrás do dinheiro para abrir o teatro”, afirmou.
Sobre as problemáticas que envolvem o teatro, o Bibi disse que a cidade e principalmente a cultura está perdendo com essa circunstância. “São muitas as divergências em relação à abertura do teatro. Eu acredito que não se abre o espaço por questões políticas. A cidade não pode ficar sem uma área de eventos daquele porte por causa de picuinha política de administrações, tanto a que passou e a que aí está atualmente”, completou.