
Obras da Nova Tamoios Contorno é prova da competência das mulheres para desempenhar qualquer função
De operadora de rolo compressor a engenheira de túnel, mulheres conquistam espaço e marcam presença nos lotes das obras da Nova Tamoios Contornos em São Sebastião
Mulheres estão cada vez mais presentes nas grandes obras brasileiras. E em São Sebastião não é diferente. O canteiro da Construtora Queiroz Galvão, responsável pelos lotes 3 e 4 da Nova Tamoios Contornos, o sexo feminino pode ser visto em muitos cantos. Muitas estão em posições de comando, liderando equipes formadas basicamente por homens, e nas frentes de trabalho, equipadas de botas, coletes e capacetes.
Operadora de rolo compressor, Elisiana de Souza Maia, de 34 anos, maneja o equipamento como qualquer homem. Na obra, é conhecida por sua habilidade em conduzir a máquina. Unhas feitas e batom fazem parte do equipamento diário. Mãe de dois meninos, um de 16 e outro de 6 anos, ela conta que a necessidade a fez correr trecho e garantir o sustento dos filhos que moram com seus pais na cidade de Tabuleiro do Norte, no Ceará, onde nasceu.
Aliás, foi no Nordeste que ela começou na profissão. “Eu era apontadora e na hora do meu almoço pegava a máquina e ficava treinando”, relembra. Isso foi há quatro anos. De lá para cá passou pelas obras de duplicação da Tamoios e Rodoanel, em São Paulo.
À frente dos túneis
A paulistana Amanda Salvaterra, de 27 anos, é responsável pelas obras dos túneis 301 Sul e 301 Norte. Magra e de baixa estatura, a engenheira civil tem sob seu comando 90 colaboradores, todos homens. É a única mulher em campo nesta área.
É com sua liderança que as obras dos túneis avançam. A cada cumprimento de meta, a comemoração é com todos. “No início não foi fácil, a dificuldade existe, mas vai de cada um mostrar a liderança e saber gerenciar sua equipe”, diz ela.
Pau para toda obra
Antes de trabalhar como técnica em meio ambiente, Cláudia Reis, de 35 anos, se formou em farmácia. Hoje ela tem uma equipe de 11 colaboradores que atuam na gestão ambiental da obra executada pela Queiroz Galvão. Contenções de barreira, mitigações do meio ambiente, problemas envolvendo processo erosivo, atenção para não acarretar material da obra para cursos d´águas são algumas atividades que sua equipe executa.
Neste mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, Cláudia foi eleita o destaque da obra porque é considerada um coringa entre os colegas, pois está sempre ajudando em alguma outra ação. “Sou bem proativa e gosto muito de trabalhar em obra, está no meu sangue”, diz ela que no final deste ano se forma como engenheira ambiental.
Na linha de frente
As mulheres da Queiroz Galvão também estão em outra linha de frente, no contato diário com a comunidade. A comunicadora social Elmar Farias, de 58 anos, e a assistente social Aline Straiotto, de 35 anos, são as mediadoras entre os moradores e a construtora. Para elas, mulheres tem mais jeito para lidar com situações que exigem, em alguns momentos, mais coração do que razão.
São elas que atendem as demandas e fazem o acompanhamento até o final do processo. “Nós estamos em campo e somos a ligação da comunidade”, explica Elmar.
O fato de serem mulheres tem suas vantagens neste papel que atuam. “A situação pode estar pegando fogo que a mulher tem mais jeito para jogar água, esfriar o clima, enquanto o homem é mais prático”, compara Aline.
Fonte: FSB Comunicação