No sábado (20), a equipe do Instituto Argonauta foi acionada devido ao encalhe de um tubarão na praia do Perequê, em Ilhabela, São Paulo. Ao chegar ao local, o animal já havia sido devolvido ao mar pela população do entorno. O
caso foi reportado à Defesa Civil.
Atenção: A imagem da matéria é ilustrativa, o Instituto Argonauta não obteve registros do animal.
Em conversa com os pescadores locais, eles informaram que é uma espécie comum do outro lado da Ilha, parte voltada ao mar aberto. Pelas imagens que circulam nas redes sociais, trata-se de um tubarão-azul (Prionace glauca),
espécie que ocorre praticamente em todos os mares tropicais e subtropicais.
Alimentam-se com mais frequência de lulas e peixes ósseos formadores de cardume. No entanto, também comem caranguejos, aves marinhas e carcaças de cetáceos. Podem realizar migrações de longas distâncias, já havendo registro de espécies marcadas nos Estados Unidos sendo recapturadas na Espanha.
O tubarão-azul pode medir até aproximadamente 4 metros de comprimento e viver até os 20 anos de idade. Segundo o Oceanólogo e Presidente do Instituto Argonauta, Hugo Gallo Neto, é normal a observação de tubarões na costa do Litoral Norte. “Eles fazem parte da fauna marinha e felizmente, tivemos poucos incidentes envolvendo tubarões nos últimos 30 anos, apenas dois.
É uma espécie que não ocorre na costa, é um tubarão de mar aberto. Ele encalhou devido às condições de saúde, ou devido a interação antrópica com arte de pesca. É uma espécie que precisa nadar para manter a respiração, o que também pode ter contribuído para o encalhe”, comentou Hugo.
Uma espécie vulnerável, considerada “Quase Ameaçada” segundo a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN sigla em inglês). A espécie sofre pressão pelo tipo de pesca de espinhel, ou seja, um aparelho de pesca que funciona de forma passiva, com a utilização de iscas para a atração dos peixes.
O Instituto Argonauta orienta para as pessoas não se aproximarem do animal como esse encalhado, pois ele, ao tentar se defender, pode morder alguém. O ideal é isolar a área e acionar o órgão ambiental responsável da região ou até mesmo o corpo de bombeiros.
Sobre o Instituto Argonauta
O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.
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Fonte: Assessoria de Imprensa Instituto Argonauta