Para a representante do legislativo, o vice-prefeito Sergio Caribé (PMDB) ganha um alto salário (R$ 9 mil), mas não faz nada por Ubatuba
Por Raell Nunes, de Ubatuba
Apesar da leve chuva e do frio que fazia em Ubatuba na última terça-feira (24), munícipes de diversos bairros de Ubatuba não se abdicaram das discussões realizadas durante a sessão de Câmara. Na ocasião, eles puderam presenciar um desacordo de ideias entre dois vereadores, que já concordaram em vários aspectos na referida Casa de Leis.
Poucos minutos após o início da sessão, Flávia Comitte do Nascimento (PSB), a Flávia Pascoal, pediu a palavra ao presidente do Legislativo. “O vice-prefeito [Sergio Caribé] foi até o bairro Estufa 2 falar do trabalho dos vereadores. Na antiga campanha, junto com o atual prefeito (Mauricio Moromizato), prometeu tantas coisas e não cumpriu nada”, começou.
No decorrer de sua fala a vereadora, que é pré-candidata à prefeitura, disse que Sergio Caribé, também pré-candidato ao pleito, está ganhando salário e não está trabalhando.
“O senhor não tem moral nenhuma para entrar em nenhum lugar e falar nada do Legislativo. Você está sendo investigado até pela Operação Lava Jato, junto com o prefeito”, afirmou.
Após as colocações da representante da Câmara, a sessão seguiu a ordem do dia tranquila. No final da reunião, a qual durou cerca de 1h, Reginaldo Fábio de Matos (PMDB), o Bibi, pediu a palavra e discordou de Flávia Pascoal.
“Foram faladas algumas coisas sobre o vice. Quem fala tem que provar. Referente à denuncia feita ao Ministério Púbico Federal, foi esse vereador quem fez. Foram R$ 250 mil que vieram para coligação do Mauricio com o Caribé. Só que eu acabei de receber um ofício do MPF com o aviso de arquivamento deste processo”, explicou.
O peemedebista continuou a sua argumentação dizendo que o prefeito do município respondeu a três CPIs, em uma quase foi cassado. Para Bibi, só há uma forma do vice parar de trabalhar, que é pedir para sair. No entanto, ele diz que essa ação seria uma “burrice”, porque o prefeito poderia, e ainda pode, ser cassado.
Acompanhando o embate, a plateia e o presidente da Câmara soltavam risos. Dois vereadores, Eraldo Carlos Tenório Todão (PSDB), o Xibiu, e Manuel Marques (PT), deixaram suas cadeiras e saíram antes do desfecho do conflito verbal.