A exposição “RE-VISÕES”, do artista plástico Bruno Urbanavicius, recentemente diagnosticado com autismo, será aberta nesta sexta-feira (18), às 19h, na Casa Brasileira, em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo. A exposição reúne telas, esculturas, desenhos e os cadernos do artista e inspira reflexões sobre a importância das linguagens artísticas no desenvolvimento de crianças e jovens atípicos e na inclusão de crianças neurodiversas dentro e fora do ambiente escolar.
O artista tem mergulhado em sua história pessoal e nos efeitos do TEA (Transtorno do Espectro Autista) sobre sua trajetória de vida e na arte. Para Bruno Urbanavicius, um dos grandes desafios da sociedade contemporânea é lidar com as emoções, os medos, as inseguranças, a ansiedade, as incertezas e os desafios pós-pandemia. Bruno traz estas emoções em forma de cores fortes e convoca o público a encarar as emoções de forma lúdica.
Oscar D’Ambrosio, crítico de arte e curador exposição RE-VISÕES, fala sobre a obra de Bruno a partir da ideia de renovação do olhar: “A arte, tem como principal característica a capacidade de escapar daquilo que se conhece rotineiramente. Ela gera estranhamentos e propõe perguntas. Nesse sentido, os trabalhos de Bruno Urbanavicius com diversos materiais e sobre variados suportes são diálogos que ele estabelece com o mundo que consideramos real. A partir dos “rabiscódromos”, desenhos realizados em cadernos de diversos tamanhos, constrói um universo particular em que são realizadas múltiplas experimentações com formas e cores. Surgem assim diversos tipos de imagens, caracterizadas por expressões visuais geralmente desenvolvidas plasticamente com tonalidades quentes”, explica D’Ambrosio.
Diálogos TEA & ARTE
No sábado (19), às 17h, Bruno Urbanavicius volta a se encontrar com o público na Casa Brasileira. Vai abrir a série de encontros Diálogos TEA & ARTE . Com mediação do diretor teatral Josafá Filho e presença de educadores, pais e
especialistas, os Diálogos TEA & ARTE fazem parte dos trabalhos educacionais do Instituto Mpumalanga, que realiza formação de professores de escolas públicas para atividades com crianças autistas por meio da arte, com inclusão e
respeito à neurodiversidade.
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