Os ativistas em defesa dos direitos dos animais querem proibir o embarque de carga viva no porto de São Sebastião. O assunto foi abordado em 31/8, em audiência pública realizada na Alesp por iniciativa do deputado Carlos Giannazi (PSOL).
Apesar da principal preocupação dos ativistas ser com o bem-estar animal, esse argumento é exposto em conjunto com outros, mais adequados para arregimentar aliados. Isso aconteceu em 2018, quando os protetores dos animais, quase todos vegetarianos ou veganos, estiveram na mesma trincheira com a indústria frigorífica e quase conseguiram proibir o embarque de gado vivo em todo o Estado.
Agora a coincidência de interesses é com a indústria do turismo, que veem o mau cheiro proveniente da atividade como ameaça à atratividade dos hotéis, pousadas e principalmente dos restaurantes.
O presidente da Câmara de São Sebastião, Marcos Fuly (DEM), está disposto a oferecer toda a estrutura para a realização de um seminário em São Sebastião, em outubro, para qual serão convidados todos os segmentos envolvidos como os ambientalistas, representantes da Companhia Docas, Prefeitura, Ministério Público e sociedade civil organizada, com objetivo de discutir o bem estar animal.
Conforme relatou Marcos Fuly, a atividade portuária na cidade também é importante economicamente, sendo o esteio de cerca de duas mil famílias e de ao menos dois vereadores. “Por isso, a estratégia será discutir com todos os segmentos envolvidos até chegar a um consenso”, diz Fuly.
A comunidade portuária também foi questionada pela reportagem do Tamoios News e informou que são muitos os fatores que os levam a serem favoráveis ao embarque de carga viva, dentre eles o rígido protocolo do bem estar animal fiscalizado pelos órgãos competentes como o MAPA-Ministério da Agricultura e Pecuária e o VIGIAGRO-Vigilância Agropecuária Internacional.
Redação/Tamoios News
