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Vila Sahy: passeata pacífica pede justiça e dignidade após 288 dias da tragédia

Tamoios News

A Associação de Moradores da Vila Sahy (AMOVILA), em São Sebastião, realizou hoje (3/12),  uma passeata pacífica como manifestação da comunidade, devido a ação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), solicitando à Justiça a remoção imediata dos moradores das áreas de risco e demolição de 893 casas. A manifestação reuniu aproximadamente 500 pessoas, entre líderes e a população local na busca por justiça e moradia digna.

A principal reivindicação dos moradores da Vila Sahy é sobre a falta de comunicação do Governo Estadual e Municipal.  A falta de informações precisas sobre as obras em andamento e a omissão sobre a real situação geram revolta na comunidade, que anseia por transparência e participação nas decisões.

Segundo os moradores, o CDHU, responsável pela construção dos prédios na Baleia Verde, enfrenta baixa aderência na aquisição dos imóveis. A promessa do Governador Tarcísio de Freitas em doar casas para a população, em seguida condicionar a venda dos imóveis, gerou desconfiança. A localização alagadiça e a falta de confiança na área proposta levam os moradores a resistirem à mudança.

Essa ação da PGE, solicitando a demolição de  893 casas, tornou a semana difícil para a população da Vila Sahy. E a comunidade se prepara para a luta pela permanência em seus lares, perto de seus trabalhos e no local onde sonhos foram criados e realizados.

Diante da incerteza e da iminente ameaça à moradia, a população da Vila Sahy faz um chamado nacional por atenção e solidariedade.

“Após 288 dias da tragédia de 19 de fevereiro de 2023, em véspera de verão, a comunidade se mobiliza pela dignidade, exigindo respostas e soluções efetivas dos governos federal, estadual e municipal, incluindo o governo federal que esteve ausente durante todos esses dias pós-tragédia. Durante a tragédia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros estiveram lá na Vila Sahy, durante a catástrofe. Todos os governos prometeram a resolução desta questão.”